RIO E BRASÍLIA — O
deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro obteve na quarta-feira uma
liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender as investigações sobre
as movimentações atípicas envolvendo Fabrício Queiroz , ex-assessor de seu
gabinete. Na reclamação feita ao Supremo, Flávio argumentou que deveria ser
processado no STF pelo fato de que assumirá o mandato no Senado em poucos dias.
A decisão é do ministro
Luiz Fux, que decidiu pela suspensão da investigação por entender que cabe ao
relator sorteado no STF, ministro Marco Aurélio Mello, decidir em que foro o
caso deve prosseguir. O caso corre em sigilo. Procurada, a defesa de Flávio
Bolsonaro informou que não vai se pronunciar. (Perguntas sem resposta: o que o
ex-assessor de Flávio Bolsonaro ainda não esclareceu)
A partir de fevereiro, Flávio passa a ter foro
privilegiado no STF, mas a Corte terá que analisar o destino do processo de
acordo com a nova regra decidida no ano passado de que só ficam no Supremo
casos que aconteceram durante o mandato e em razão da função parlamentar. Na
semana passada, o senador eleito não foi prestar depoimento ao Ministério
Público , argumentando que iria marcar nova data após ter acesso à investigação
sobre Queiroz.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ)
informou nesta quinta-feira que “em
razão de decisão cautelar” foi determinada a suspensão do procedimento “até que
o relator da reclamação se pronuncie”. Queiroz faltou a quatro depoimentos
convocados pelo Ministério Público. A família dele também não foi prestar
depoimento nas datas marcadas.
Em dezembro, o procurador-geral do Rio, Eduardo Gussem, emitiu
uma nota de esclarecimento informando sobre a abertura de 22 inquéritos sobre
os fatos apresentados no relatório do Coaf, incluindo o caso de Fabrício
Queiroz. Na ocasião, informou que os casos permaneceriam no Rio de Janeiro
mesmo depois da posse de deputados que iriam atuar na esfera federal. (Informações
O Globo) LEIA MAIS