O ator e humorista Saulo
Laranjeira, o intérprete do deputado corrupto João Plenário, em "A Praça É
Nossa", terá que devolver a quantia captada para um programa de TV, que
ultrapassa R$ 340 mil. "É uma tempestade em copo d'água, uma coisa
absurda, uma coisa que não tem lógica com a história que tenho, principalmente
aqui em Minas, com o meu trabalho, a lisura que tenho e a pessoa séria que sou
com toda a divulgação da cultura brasileira. Estou pasmo com isso, sem dúvida
alguma", reagiu Saulo Laranjeira ao UOL.
O Tribunal de Contas do
Estado de Minas Gerais condenou o ator e produtor cultural na última
terça-feira. Saulo Laranjeira pode recorrer da decisão. Ele está preparando sua
defesa e se pronunciará oficialmente em suas redes sociais. A condenação é
referente à captação de R$ 100 mil, em 2001, de recursos públicos oriundos da
Lei Estadual de Incentivo à Cultura para a realização do projeto
"Arrumação 2000", do programa de TV que apresenta há 30 anos e é
exibido pela Rede Minas.
Saulo deverá devolver R$
341.619,69, valor corrigido e atualizado até junho de 2017. O órgão estadual
considerou irregulares as contas prestadas pelo artista, com 15 anos de atraso
e "somente quando da declaração de indisponibilidade de bens", pelo
Tribunal de Contas, em junho de 2017. Para a Primeira Câmara do Tribunal, os
recibos apresentados por Saulo Laranjeira não correspondiam à execução do
objetivo proposto.
O projeto de Saulo teve
custo total de R$ 756.921,79. O ator requereu a concessão de R$ 300 mil, sendo
aprovado e repassado o valor de R$ 100 mil, pago pela Companhia Energética de
Minas Gerais (Cemig) em duas parcelas: uma de R$ 80 mil, a título de incentivo
fiscal (ICMS corrente), e outra na quantia de R$ 20 mil, correspondente à
contrapartida da empresa. (Informações do UOL)