A Polícia Civil deflagrou,
nesta quarta-feira (11), uma operação contra médicos suspeitos de reaproveitar
materiais cirúrgicos descartáveis. Os mandados judiciais são cumpridos no
Paraná e em Goiás.
Ao todo, há oito ordens de
prisão temporária e 12 de busca e apreensão. Os alvos são médicos urologistas,
uma instrumentadora cirúrgica e a secretária de um dos profissionais.
Até a última atualização desta
reportagem, a Polícia Civil não tinha informado o número de pessoas presas.
De acordo com a Polícia Civil,
cateteres e outros equipamentos eram utilizados em até 15 cirurgias. Eles
deveriam ser descartados após uso único.
Os mandados são cumpridos nas
seguintes cidades:
Campo Mourão (PR)
Ivaiporã (PR)
Francisco Beltrão (PR)
Goiânia (GO)
Rio Verde (GO)
Lucro
Os equipamentos eram vendidos
a médicos urologistas que, conforme a Polícia Civil, reaproveitavam os
materiais em cirurgias de pacientes particulares – proporcionando um lucro
maior aos cirurgiões.
O custo dos materiais era de
R$ 1,2 mil, porém, eram comprados pelos profissionais por um preço entre R$ 250
e R$ 300, segundo a Polícia Civil.
Os crimes
Os crimes investigados são
associação criminosa, falsidade ideológica de documento particular e
adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
De acordo com a Polícia Civil,
os alvos da operação devem ser indiciados por esses crimes. As investigações
apontaram que a instrumentadora cirúrgica e a secretária tinham conhecimento da
ilicitude dos procedimentos.
Desdobramento
Esta ação é um desdobramento
da operação "Autoclave", que foi realizada em setembro no interior do
Paraná.
Na ocasião, a Polícia Civil
desmanchou um grupo criminoso envolvido com adulteração, por meio de
esterilização ilícita de materiais descartáveis já utilizados por médicos em
cirurgias urológicas.
A partir disso, a Polícia
Civil chegou aos suspeitos que são alvos desta ação deflagrada nesta
quarta-feira. (Informações G1.com) LEIA MAIS