A Polícia Civil concluiu nesta
segunda-feira (16) inquérito que investiga 20 pessoas suspeitas de integrar uma
quadrilha que removia cadáveres e vendia ilegalmente terrenos do cemitério
municipal de Ibiporã. Entre os indiciados estão o diretor municipal do
cemitério e um servidor público de Jataizinho. Segundo a polícia, todos foram
indiciados por concussão, vilipêndio de cadáver e organização criminosa.
Conforme apurado nas
investigações, os suspeitos retiravam ossadas enterradas no cemitério e as
descartava em lugares impróprios. Era preciso tirar as ossadas do cemitério
para que os terrenos fossem vendidos. Ou, as ossadas eram colocadas em sacolas
e armazenadas em outros túmulos. Segundo informações do Instituto de
Criminalística encontrou, dez ossadas foram encontradas em um único túmulo.
Também foi encontrada uma sacola com ossada humana na sede administrativa.
A polícia descobriu que as
vítimas pagaram entre R$ 2 mil e R$ 22 mil pelos terrenos. Pela prefeitura, os
valores giravam entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. Desde o início da operação, foram
identificadas 45 vítimas do golpe.
PRIMEIRA FASE DA OPERAÇÃO
Treze pessoas foram presas
suspeitas de integrar a organização no início de outubro, na primeira fase da
operação. Entre elas estava o então diretor do cemitério municipal de Ibiporã
que foi suspenso pela prefeitura após ser solto junto com o grupo.
(Com informações do G1 Paraná)