O pequeno Arthur, de dois anos, doou a médula óssea
para o irmão Davi – de sete anos e que teve leucemia duas vezes.
A família dos meninos é de Douradina, no noroeste
do Paraná, e foi até Curitiba para fazer o procedimento. Davi vivia uma
infância normal, até um um sinal de alerta chamou a atenção da família.
"Ele teve uns caroços no pescoço. Ele levantou
de manhã, foi para a escola, nunca teve nada. Daí chegou da escola, e minha vó
percebeu. Daí a gente já começou a levar ao médico e começou a tratar já",
contou a vendedora Aline Martins, mãe dos garotos.
O diagnóstico
Do médico, veio a notícia que ninguém gostaria de
ouvir: o Davi estava com leucemia. As brincadeiras de criança ficaram para trás.
No lugar, veio a estrada e a rotina difícil no hospital, em Cascavel, que fica
no oeste do estado.
"Foi bem sofrido, ele sofreu bastante. Ele
teve muita intercorrência no começo. Ele teve pneumonia, a gente quase o
perdeu. Ele ficou na UTI [Unidade de Terapia Intensiva]. Daí depois, quando
tudo estava indo bem, ele teve um AVC. Quando tudo estava melhorando, veio o
diagnóstico que ele estava de novo com leucemia", relatou Aline.
'Ganhou na loteria'
Como a leucemia voltou, a
indicação médica para o Davi foi o transplante de medula óssea. Então, o menino
e toda a família viajaram quase 500 quilômetros para Curitiba.
Foi na capital que eles
descobriram que a esperança de uma vida nova para o Davi morava embaixo do
mesmo teto.
"A chance de a gente
encontrar um doador 100% compatível dentro da família, dentro dos irmãos, é de
25%. Então, a gente tem 75% de chance de não ser compatível. Ele realmente
ganhou na loteria. Ele teve um grande presente", afirmou a médica Cilmara
Kuwahara.
Na matemática de quem
acredita, não tem equação impossível. No mesmo dia em que doou a medula para o
irmão, o Arthur já estava 100% pronto para o abraço do reencontro. LEIA MAIS