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BioNTech e a Pfizer informaram nesta quarta-feira (8) que três doses de sua
vacina contra Covid-19 neutralizaram a variante ômicron do novo coronavírus em
um teste de laboratório. Além disso, segundo as empresas, seria possível
oferecer uma versão do imunizante para a nova cepa em março de 2022, caso seja
necessário.
Na primeira declaração oficial
dos fabricantes sobre a provável eficácia de sua injeção contra a nova cepa,
eles disseram que duas doses da vacina resultaram em anticorpos neutralizantes
significativamente mais baixos, mas que uma terceira dose de sua vacina
aumentou os anticorpos neutralizantes por um fator de 25.
“Garantir que o maior número
possível de pessoas esteja totalmente vacinado com as duas primeiras doses e
com outra de reforço continua sendo a melhor forma para prevenir a disseminação
do Covid-19”, disse o chefe da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.
Embora não se tenha certeza
sobre sua necessidade, as empresas disseram que vão manter os esforços para
desenvolver uma vacina voltada para a variante ômicron.
Mesmo que não haja dados
confirmando o impacto da variante para os imunizantes atuais, alguns especialistas
já afirmaram que existe um risco alto das vacinas perderem capacidade de
proteção. Por isso, outros estudos estão sendo feitos para analisar se existe
algum escape vacinal pela ômicron.
O presidente da Moderna, por
exemplo, já indicou que a vacina do laboratório pode ser menos eficaz contra a
variante. Segundo ele, a empresa pretende desenvolver uma nova dose específica
para a ômicron até março de 2022.
Outra empresa preocupada com a
nova variante é a Sinovac Biotech, responsável pela fabricação da vacina
Coronavac. Nesta terça-feira (7), a farmacêutica afirmou que uma versão
atualizada do imunizante contra a ômicron deve estar disponível em três meses.
Anteriormente, um estudo da
África do Sul havia afirmado que a vacina da Pfizer protegia parcialmente
contra a ômicron, mas a pesquisa ainda não havia sido revisada por outros
cientistas. (Informações Folha Press)