A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está em alerta para o combate à proliferação do mosquito Aedes aegipty, transmissor da zika, chikungunya e dengue, doenças chamadas de arboviroses, sendo a última endêmica em todo o Paraná.
Desde o novo período sazonal da dengue, que teve início em 1º de agosto de 2021 e deve seguir até julho de 2022, o Paraná registrou dois óbitos pela doença. Até o momento são mais de 42 mil casos notificados. Só na última semana houve um aumento de 77% de casos confirmados e mais de 81% de casos autóctones, ou seja, quando a dengue é contraída no município de residência.
ÓBITOS – O informe semanal
desta terça-feira (29) confirma mais um óbito. Trata-se de um homem, de 68
anos, que era residente de Arapongas, município de abrangência da 16ª Regional
de Apucarana.
O primeiro óbito ocorreu no
município de Nova Esperança, no Noroeste do Estado. Era um paciente do sexo
masculino, com 58 anos, com comorbidade.
Se comparado ao período sazonal anterior (2020/2021), o Estado teve uma redução no número de notificados (-7%), mas um aumento em 25% em relação aos casos confirmados.
Diante do cenário atual, a
Vigilância Ambiental da Sesa incentiva por meio das Regionais de Saúde ações de
mobilização da população quanto à remoção mecânica de focos, bem como ações
educativas em parceria com instituições públicas e privadas em todo o Estado. A
secretaria acompanha a situação e reforçará o suporte técnico aos municípios
para conter a doença.
Em 21 de janeiro, o Governo do Estado renovou a frota de campo das equipes de Vigilância Ambiental da Sesa, que há mais de 10 anos não era atualizada. Trinta caminhonetes foram direcionadas e adaptadas para reforçar trabalhos, como a aspersão de inseticidas para controle de vetores, o chamado fumacê.
“Os órgãos de saúde pública
trabalham de várias formas e têm ações junto à população e às instituições para
tentar conter a proliferação do mosquito e a doença, mas a contribuição das
pessoas no acondicionamento adequado do lixo doméstico, limpeza do imóvel, nos
quintais, calhas, piscinas é fundamental”, alertou o secretário de Estado da
Saúde, Beto Preto.
TRANSMISSÃO – As arboviroses (dengue, zika e chikungunya) são transmitidas pela picada do Aedes aegypti. É necessário ficar atento a possíveis criadouros do mosquito e, assim, eliminar esses possíveis locais para evitar a propagação das doenças. É fundamental que a pessoa identifique os sintomas das arboviroses para buscar o serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequado o quanto antes.
“Fica aqui o alerta para que
as pessoas permaneçam atentas aos sintomas e alguns sinais que caracterizam a
dengue. Orientamos que, caso apresentem sintomas como febre alta, dores no
corpo, manchas vermelhas no corpo, vômito, náusea, que procurem imediatamente
os serviços de saúde e não façam o uso de medicação sem prescrição médica”,
ressaltou a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.