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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Idosa de 90 anos passa 30 horas internada em banco de UPA à espera de leito no Paraná


Uma idosa de 90 anos passou cerca de 30 horas internada em um banco de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, enquanto aguardava um leito hospitalar para ser transferida.


A espera começou ainda na quarta-feira (1º), por volta das 9h, e só chegou ao fim por volta das 15h de quinta (2), quando foi para uma maca na unidade.
Nesta sexta (3), ela será transferida para um leito hospitalar na Região Metropolitana de Curitiba, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
De acordo com a família, a paciente faz uma vez por mês transfusão de sangue e sempre após o procedimento precisa de internação por conta do estado de saúde. Nesta semana, ao buscar a UPA, não havia maca nem leito disponível para o atendimento.

No local, a família informou que recebeu inclusive orientações para buscar junto ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) ajuda para a transferência da idosa.

O caso acontece em meio ao problema de falta de leitos registrado no Paraná e também na saúde pública de Ponta Grossa.

Procurada, a Sesa, responsável pela gestão de leitos, informou que há uma grande demanda em todo o estado ocasionada por traumas, cirurgias eletivas e também casos de síndrome respiratória.

A pasta ainda informou que gerencia o acesso dos pacientes que precisam de transferência de acordo com a demanda, "por meio do Complexo Regulador e dos critérios de prioridade e gravidade de cada caso" e ressaltou que "pacientes em fila não estão desassistidos, e que as UPAs possuem equipamentos e profissionais capacitados para atendimento".

Segundo a prefeitura, na quinta, 27 pessoas estavam internadas nas duas UPAs da cidade.

30 horas de espera

Segundo a família, a idosa ficou durante todo a quarta-feira em um banco. À noite, ela conseguiu ser realocada em uma poltrona no local enquanto recebia soro e era medicada.

Para tentar amenizar o desconforto, a família levou cobertas e travesseiros para a idosa.

"Não tinha maca. Agora que ela foi acolhida para dentro, a gente consegue ver que isso aqui está saturado, está cheio. Não libera maca, está o tempo inteiro cheio de gente", desabafou o filho.

Informações: G1

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