Vai acontecer na manhã desta quarta-feira, dia 27 de julho, às 09 horas, o julgamento popular de Aristóteles Dias dos Santos Filho, popular “Totinha”, ex-vice e prefeito de Fênix depois que assumiu o município quando Manoel Custódio Ramos, o “Nego”, foi assassinado a tiros na porta de casa, em fevereiro de 2006. O julgamento vai acontecer no plenário do fórum da comarca de Engenheiro Beltrão e será aberto ao público.
Segundo apurou a reportagem da Coluna, os acusados pelo crime já haviam diso condenados em julgamento anterior, mas ficaram pouco tempo presos e o O Ministério Público não concordou com a pena imposta pela justiça e recorreu da decisão. O julgamento acabou anulado.
Em 2009, quando Totinha já estava preso preventivamente há pouco mais de dois anos, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a prisão por excesso de prazo em prisão preventiva, e ele foi colocado e permaneceu em liberdade.
Além do vice-prefeito, foram denunciadas mais duas pessoas envolvidas na morte, Sidnei Aparecido Farias e Luiz Pereira de Souza Júnior. Na época do crime, a Polícia apontou que o então prefeito “Nego” teria sido morto após tomar decisões à frente da prefeitura que desagradaram o vice Totinha e Farias, que era o chefe do almocharifado municipal.
Luiz Pereira de Souza Júnior, na época com 30 anos, teria sido o matador contratado por eles para executar o homicídio. O caso acabou descoberto quando policiais de Londrina prenderam Luiz em um hotel da cidade e ele delatou todo o esquema do crime. Luiz Pereira teria sido contratado por Sidney Farias por R$15 mil reais para matar o prefeito Nego, mas teria recebido apenas R$1.700,00. Escondido em Rondônia, Luiz Pereira veio ao Paraná para receber o restante do pagamento quando foi preso. Em depoimento à polícia, na época da prisão, o matador confessou a autoria do crime e apontou Sidney como mandante e o então atual prefeito, Aristóteles Dias dos Santos Filho, o Totinha, como co-autor do homicídio.
Farias morre em 2021
Sidnei Aparecido Farias, 48 anos, no início da madrugada de 25 de junho de 2021 foi morto a tiros em um bar na cidade de Fênix. O crime não teve qualquer relação com a morte do ex-prefeito Nego e os acusados estão presos.
Morte do Nego aconteceu há 16 anos
Manoel Custodio Ramos (PMDB), na época com 51 anos e pai de três filhos, era prefeito de Fênix. Ele foi assassinado por volta das 23 horas do sábado, dia 6 de fevereiro de 2006, com quatro tiros, dois na cabeça e dois no tórax. O crime aconteceu minutos após estacionar o carro na garagem de casa, quando chegou com a namorada, uma jovem de 18 anos. Os dois voltavam de um churrasco com amigos e iriam em seguida para Barbosa Ferraz. O prefeito estacionou o carro na garagem e desceu para pegar uma garrafa de água e a moça ficou esperando no veículo.
Quando voltou, um homem que estava na calçada o chamou pelo apelido “Nego”, este homem era Luiz Pereira de souza Júnior. Assim que o prefeito se aproximou do portão, Luiz Pereira começou a atirar, atingindo o político quatro vezes. A arma usada foi um revólver calibre 38.
Histórico
Manoel Custódio Ramos era viúvo e tinha três filhos. O prefeito era do PMDB e assumiu a prefeitura em 2005 por decisão da Justiça. Segundo colocado nas eleições, quando perdeu nas urnas por apenas 8 votos, Nego tomou posse depois que o candidato eleito, Altair Molina Serrano, “Neno Molina”, do PFL, teve o mandato cassado, acusado de compra de votos.
Júri
Sobre o julgamento popular, que vai acontecer nesta quarta-feira, dia 27 de julho de 2022, a reportagem da Coluna não conseguiu informações de onde o réu Aristóteles Dias dos Santos Filho, popular “Totinha”, se encontra, ou se estará presente no julgamento.
Informações: Coluna News