Os profissionais da enfermagem de São João do Ivaí passaram a quarta-feira (14) fazendo manifestações, reivindicando que o piso salarial da classe seja mantido.
O ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a lei do piso, que foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Apesar de dizer que é a favor do piso, o ministro entendeu que não houve indicação de fonte de recursos para o pagamento, o que pode inviabilizar o trabalho das Santas Casas, hospitais conveniados ao SUS, além de gerar demissões em massa e queda na qualidade do serviço público de saúde.
Os profissionais de São João do Ivaí não estiveram sozinhos na luta, uma vez que hoje foi considerado do Dia D de luta pela enfermagem, sendo registrado protestos por todo o país.
A enfermeira Greicy Fontana Baltieri, foi escolhida pelos colegas como a porta-voz das manifestações no município. Ela destaca que são 20 anos de luta é que ninguém quer deixar de trabalhar, só querem reconhecimento. “Não podemos deixar um direito que veio depois de tanta luta ser perdido. Merecemos a valorização e queremos que o STF dê validade ao nosso piso”.
As manifestações iniciaram em São João do Ivaí nas primeiras horas da manhã com carreata, saindo do pátio da Coamo e passando pelas avenidas da cidade. Por causa da chuva, o grupo ficou aglomerado no Cantinho do Baralho, na Praça da Bíblia.
Os manifestantes também foram para as portas das Unidades Básicas de Saúde e Hospital Municipal, com faixas e cartazes. A programação terminou no final da tarde com mais uma carreata e manifestação na frente da secretaria municipal de Saúde.
A vereadora e enfermeira, Olívia Fróes, participou do manifesto. Ela destaca que tem participado ativamente da luta pelo piso, antes mesmo da lei ser sancionada pelo presidente. “Estamos lutando com a classe nos manifestos anteriores a lei sancionado e utilizei da minha influência política conversando com deputados e lideranças do governo, encaminhando ofícios pedindo pelo piso. Também fiz reivindicações através da Câmara. Nossa classe merece e a luta não vai parar”, afirmou Fróes.
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