Uma cena de intolerância religiosa ficará marcada para sempre na memória e no corpo da manicure Bruna Domingues Vas, moradora de Itaboraí, no estado do Rio de Janeiro. Ela perdeu a visão do olho direito num ataque de facão de um desconhecido, incomodado com o samba que ela escutada, enredo da Grande Rio, escola campeã do carnaval carioca, que homenageou este ano o Orixá Exu. O agressor está foragido há quase seis meses.
A vítima disse que bastou tocar o samba dentro de casa, para o agressor, que estava num bar do outro lado da rua, iniciar a confusão.
Cheguei lá e perguntei a ele qual era o problema. A gente estava no nosso horário, o porquê da ironia de falar se a gente era macumbeiro ou pagodeiro. Ali ele se exaltou e veio para cima de mim” - Bruna Domingues Vas,
“Ele já veio com facão e não queria saber aonde ia pegar e em quem ia pegar. Eu estava na calçada, foi na hora que eu passei, e o facão veio me acertar", relembra.
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa recebeu 47 registros de intolerância no ano passado. Seguidores da umbanda e do candomblé são as principais vítimas desse gênero de violência.
Mas os responsáveis pelo estudo afirmam que na ampla maioria dos casos não há sequer registros formais nas delegacias.
Informações: TN Online