“Se não ajudou ou não gostava dele, só pedimos que orem e parem de julgar neste momento tão difícil”. Este foi o desabafo de Márcia, irmã de Elizeu Santos da Silva, de 47 anos, conhecido como “Cabecinha”, que foi uma das sete vítimas da chacina em um bar de Sinop, no Mato Grosso.
A irmã da vítima relata que a família teve acesso a mensagens e áudios que circulam na internet criticando a decisão de terem pedido ajuda para trazer Cabecinha para ser velado e sepultado em São João do Ivaí. “Algumas pessoas questionaram de forma maldosa o motivo de pedirmos ajuda financeira se o Cabecinha era jogador e já ganhou muito dinheiro”, relata a irmã.
Márcia destaca que seu irmão de fato já ganhou prêmios em torneios, mas não tinha posses, pois ganhava muito e perdia muito. “Entramos em contato com pessoas próximas a ele lá de Sinop e até a pensão que estava ficando está com mensalidades atrasadas”, afirma.
Para custear o translado e os serviços funerários, a família destaca que contou com a ajuda da prefeitura. “Agrademos a prefeita Carla que imediatamente nos amparou, fazendo o que podia para trazer o Cabecinha para São João”.
Márcia ainda ressalta que a vaquinha feita contou com a ajuda de muitas pessoas e que o recurso arrecadado é para cobrir outras despesas fúnebres e para acertar algumas contas que Cabecinha tinha. “Quem conhece a nossa família sabe que somos de origem humilde e jamais pediríamos ajuda sem que precisássemos. Agradeço em nome de toda a família todos os amigos e pessoas que ajudaram de coração. Quem não quis ajudar ou não gostava do meu irmão, peço apenas que ore por nossa família me pare de plantar tanto sofrimento”.
Velório
A família informa que o corpo está sendo trazido para São João do Ivaí e que, se não houver problemas no caminho, a previsão de chegada é às 20hrs desta sexta-feira (24). O corpo ainda será preparado e o velório pode ser iniciado na madrugada deste sábado (25).