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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Menina vai ao hospital por conta de gripe e sai com paralisia cerebral

 




Uma mãe está indignada com o que aconteceu com sua filha em um hospital de São Paulo. A menina, que tem apenas dois anos, chegou à unidade de saúde apenas com sintomas gripe, mas, ao receber alta, deixou o local com uma paralisia cerebral.

 

A mãe de Beatriz, a servidora Eliana Carvalho, de 34 anos, aponta que os culpados por isso são os médicos, já que realizaram uma intubação malsucedida na menina. A pequena foi internada no Hospital Sepaco. 

Beatriz tem um problema de nascença, que é uma flacidez na laringe, chamada de laringomalácia. Por conta disso, é necessário um maior cuidado durante o procedimento de intubação. 

O Sepaco afirma que a intubação de bebês com laringomalácia "torna o cenário bem mais complexo e com maiores riscos". "A despeito do uso de todos os recursos terapêuticos disponíveis, maior criticidade do quadro é esperada neste cenário, o que pode culminar com falta de oxigenação e instabilidades cardiocirculatórias graves", diz o hospital, em nota.

A pequena Beatriz precisou ser internada devido a uma bronquiolite, inflamação que afeta os bronquíolos. Ela ficou três em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sepaco, contando com a ajuda de aparelhos para respirar. 

Eliana notou que a filha não estava bem no dia 26 de dezembro. De acordo com a servidora, a garota é muito animada, brincalhona. Porém, nesse dia, ela estava desanimada. 

A mãe entrou em contato com uma profissional de saúde, que falou que Beatriz estava no pico da bronquiolite. Segundo a médica, a partir do dia seguinte a criança já iria começar a melhorar. 

A menina utiliza um equipamento que a auxilia na respiração, o CPAP nasal. A mãe o regulou o aparelho com pressão 17, "apropriado para o peso da filha". Ao chegar para o plantão da madrugada, porém, a médica aumentou a pressão para 35, causando desconforto na criança, segundo relato de Eliana.

Eliana conta que, ao alertar a médica sobre a flacidez na laringe da criança, o pai ouviu a seguinte resposta: "Quem sabe da conduta sou eu. Se ela não está bem, vou intubar".

Ele ligou aflito para Eliana e passou o telefone à médica, que disse que Beatriz havia "parado por 27 minutos" e que havia "feito tudo o que podia".

"Ela [a médica] disse: 'eu tentei intubar, mas no procedimento ela teve uma parada cardíaca'."

Beatriz saiu do hospital com "encefalopatia crônica não evolutiva". Ela sofreu lesões no sistema nervoso central que deixaram as seguintes sequelas:

  • Hipertensão
  • Perda da visão
  • Perda da sustentação do pescoço
  • Perda de todos os movimentos do corpo

Informações: TN Online

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