O frentista Paulo Sérgio Esperançeta, que ateou fogo em um cliente após discussão em um posto de combustíveis de Curitiba (PR), foi indiciado nesta quarta-feira (29) por tentativa de homicídio qualificado. O suspeito segue preso desde o último dia 22, após a Justiça determinar a prisão preventiva dele.
À Banda B, a delegada responsável pelo caso informou que o frentista foi indiciado por tentativa de homicídio com as seguintes qualificadoras: motivo fútil e por meio cruel. “A Polícia Civil concluiu pelo indiciamento do investigado pela tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, já que a discussão teria se iniciado em razão de uma chave que teria quebrado no estabelecimento, bem como a qualificadora do uso de fogo, que foi um meio cruel empregado pelo investigado para atentar contra a vida do Caio [cliente]”, afirmou a delegada Magda Hofstaetter, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo Hofstaetter, oito pessoas foram ouvidas pela polícia até a conclusão do inquérito, além da vítima e suspeito pelo crime. Todas as testemunhas, disse ela, alegaram que a discussão que antecedeu a tentativa de homicídio ocorreu devido à quebra de uma chave do cliente.
A Polícia Civil também analisou as imagens registradas por câmeras de segurança do posto de combustível e concluiu que o frentista agrediu o cliente mesmo depois de ter ateado fogo no corpo dele. Caio Murilo Lopes dos Santos, que segue internado, foi atingido por pelo menos dois socos.
“O investigado empreendeu fuga logo após e não prestou qualquer tipo de auxílio. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que tem cinco dias para oferecer denúncia ou solicitar novas diligências”, acrescentou Magda Hofstaetter.
O caso
O frentista Paulo Sérgio Esperançeta é suspeito de atear fogo no corpo de Caio Murilo Lopes dos Santos, de 34 anos, após discussão em um posto de combustíveis localizado no bairro Pilarzinho, em Curitiba (PR), no último dia 18. Imagens registradas por câmeras instaladas no estabelecimento registraram o momento em que Paulo jogou gasolina em Caio e ateou fogo nele.
Segundo a própria vítima, o fogo foi combatido por um colega de trabalho de Paulo. Ele foi levado a um batalhão do Corpo de Bombeiros situado próximo ao posto e, em seguida, ao Hospital Evangélico Mackenzie, onde segue internado.
A discussão entre o frentista e o cliente aconteceu devido à quebra de uma chave durante o abastecimento do carro, segundo ambos relataram em depoimento para a polícia. Após o crime, o suspeito fugiu.
À Banda B, no último dia 22, Caio disse estar arrependido por ter entrado no posto de combustíveis onde ocorreu o crime.
O frentista chegou a se apresentar à polícia dois dias após o crime e não permaneceu preso na ocasião devido à inexistência de flagrante delito e falta de ordem judicial. À delegada responsável pela investigação, o frentista afirmou que “jogou combustível na vítima para se defender”. Além disso, alegou estar passando por “problemas pessoais”.
No dia 22, após determinação da Justiça, ele foi preso. Em depoimento, o frentista afirmou que “se pudesse voltar atrás, não faria aquilo”.
“Ele veio, encostou o carro, pediu para eu por R$ 10 [de combustível]. Precisava da chave, pedi, ele entrou no carro, tirou a chave e me deu. Como eu sei que a da ignição não é a mesma que estava no tanque, não percebi que estava quebrada”.
Informações: Banda B