O pai de um aluno do Centro Municipal de Educação Infantil - CMEI Jovita Cruz, adentrou a sala de aula em que o filho estava na manhã de quarta-feira (15) e ameaçou um menino de apenas quatro anos, alegando que o mesmo está batendo em seu filho.
Segundo informações, os pais do alunos foram chamados na escola por causa de uma indisciplina cometida contra a professora. No momento em que a mãe conversava com a diretora, o pai saiu da sala rapidamente e foi até a porta da sala de seu filho.
Ainda, de acordo com relatos, o pai falou o nome de um dos alunos e perguntou para a professora quem era ele. A professora apontou a criança, então o autor se aproximou dele e fez ameaças, dizendo que se ele batesse em seu filho de novo iria apanhar dele. Além disso, o pai incentivou o filho a bater no colega e depois avisa-lo para dar outra surra.
O Canal HP foi procurado pela mãe da vítima, a qual terá a identidade preservada, para não expor a criança. Ela disse que todos na escola ficaram horrorizados e que a professora de seu filho estava em choque. “Registrei um boletim de ocorrências, pois não existe equilíbrio em uma pessoa dessas, invadir a sala de aula para ameaçar uma criança de apenas 4 anos”, disse a mãe, indignada.
A reportagem procurou a secretária de Educação, Daiene Bueno, para comentar o fato. Ela disse que se reuniu com a direção e equipe pedagógica do CMEI para discutir o caso e se inteirar melhor sobre os fatos.
Segundo Daiene, a atitude do pai é inadmissível e o menor ameaçado e a mãe da vítima receberão todo o apoio da secretaria, como também está sendo estudado novos procedimentos de segurança para as escolas e normas para filtrar a entrada de pessoas.
“É um fato isolado e imprevisível. Não dá para prever a atitude de tutores, que foram chamados na escola para falar com a direção. Levamos o caso ao promotor, juíz e Conselho Tutelar para que possamos encontrar soluções conjuntamente. Fica aqui nossa indignação e compromisso em ajudar nossas crianças a superar este trauma, principalmente ao menor vítima de tamanha intolerância e violência psicológica”, disse a secretária.
A mãe da vítima disse que seu filho está traumatizado e que espera justiça. “Procurei a delegacia e quero que a justiça seja feita. Não podemos tolerar isso e é preciso penalizar para que uma pessoa dessa aprenda com o erro. Não posso nem imaginar se tivesse armado. Meu filho está sofrendo e estou expondo esse caso para que não aconteça mais”.