Um publicação compartilhada em redes sociais gerou pânico na manhã dessa quarta-feira (12), no Colégio Estadual Arthur de Azevedo, em São João do Ivaí. A postagem que foi espalhada dizia assim: “próximo massacre garantido. Agora o coro vai comer naquela escola do capeta. São João do Ivaí que nos aguarde esta semana”.
O Canal HP observa que em outras instituições de ensino da cidade e dos distritos não houve pânico e as aulas transcorreram normalmente, somente no Colégio Arthur de Azevedo houve alarde e correria, no entanto, a mensagem espalhada não apontava em qual escola seria.
O comandante da Polícia Militar de São João do Ivaí, Sargento Caetano, destacou que o material que viralizou em redes sociais têm fortes indícios de fake news e alerta os pais sobre como proceder com seus filhos. “Nosso policiamento estava fazendo a patrulha na porta do colégio, quando os soldados perceberam a movimentação de alunos e resolveu conferir o que estava acontecendo. A postagem que gerou pânico foi encaminhado para o serviço de inteligência da polícia, que está investigando que é o autor que produziu o material e espalhou”, destacou.
No posta espalhado é possível visualizar que foi marcado o perfil do Instagram da Equipe Rotam de Toledo e de um influenciador do Mato Grosso que manipula armamentos e é fã da polícia. “Estás marcações geram mais dúvidas sobre a veracidade, porque o post pode ter sido extraído de outra publicação, e descontextualizada por quem quis gerar pânico, colocando o nome da cidade no conteúdo. É importante que a sociedade denuncie as pessoas que fazem este tipo de postagem e não saiam compartilhando”, destacou o sargento.
A reportagem do Canal HP entrou em contato o influenciador para saber se tinham conhecimento do conteúdo viralizado, e ele nos respondeu afirmando que tomou conhecimento pelo blog, ficando surpreso. Também foi feito contato com a Rotam de Toledo, e foi informado pela equipe que eles receberam o mesmo post, gerando alerta no município o comando está.
Em pesquisa sobre fatos ocorridos recentemente em Toledo, descobrimos que ontem, terça-feira, 11 de abril de 2023, foi publicado o seguinte texto:
“Nesta terça-feira (11) a cidade de Toledo amanheceu em polvorosa após um post numa rede social ter se espalhado em vários grupos de WhatsApp dando conta de possíveis ataques a escolas do município ao longo da semana com a frase “Massacre Toledo – pr”.
O procurador geral da Prefeitura de Toledo, Mauri Refatti, afirmou que está sendo feito um trabalho integrado entre a Polícia Militar, Secretaria de Segurança e Polícia Civil no sentido de apurar todas as informações não apenas sobre este post, mas qualquer outro que porventura seja publicado”.
“Quanto mais as pessoas vitalizam este tipo de conteúdo, mais vai encorajando pessoas a fazerem novas postagens para criar desordem. É muito importante procurar as forças de segurança antes de publicar conteúdos. Outra coisa é os pais verificarem a rotina de seus filhos nas redes sociais e conferir a mochila deles antes de saírem de casa”, concluiu o sargento.
O diretor do Colégio Estadual Arthur de Azevedo destaca que as aulas foram dispensadas após o pânico e que aguarda uma posição do Núcleo Regional de Educação de Ivaiporã para informar como será os próximos dias. Ele também disse não entender como que o fake news ganhou força dentro do colégio, se o post não indicava qual instituição estaria da suposta mira de ataque.
“Criaram um grande alvoroço nas redes sociais e fica a dúvida se este post não partiu de algum aluno ou alunos daqui, porque houve pânico somente aqui, enquanto outros colégios e escolas as aulas aconteceram normalmente. Queremos tranquilizar os pais e pedir que ajude na segurança escolar, participando da rede segunda em casa, dialogando com os filhos e impondo limites”, disse Caveira.
Um post foi criado pelo Colégio Estadual Arthur de Azevedo para orientar os pais sobre como ajudar a reforçar a segurança nas escolas, veja:
Alunos pedem direito de resposta
Pela manhã, o repórter Herithon Paulista esteve nas dependências do Colégio Arthur de Azevedo, e em uma transmissão ao vivo, o diretor Caveira citou que pânico começou pelos alunos do 3º ano que foram saindo das salas e dizendo que iriam embora.
Após esta fala, vários alunos da turma entraram em contato dizendo que não podem ser responsabilizados, pois apenas agiram diante de uma ameaça e que estavam motivados pelo medo: “Os alunos do 3º ano ficaram indignados com a falta de educação e o sarcasmo diante da situação".
Sobre Fake News
A Yagui Advocacia destaca que divulgações de notícias falsas estão cada vez mais frequentes em nossa sociedade. Importante frisar que, antes de divulgar alguma notícia deve-se ter o cuidado para conferir se as informações existentes nela são de fato verdadeiras, pois podem causar imensos prejuízos tanto para quem espalha as informações quanto para quem as recebe.
Compartilhar e espalhar notícias falsas chamadas FAKE NEWS, é crime, previsto no código penal brasileiro, podendo os criadores e disseminadores dos conteúdos falsos serem punidos pelo crime praticado, podendo ser tipificados nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal, e também a conduta se enquadra no artigo 41 da Lei de Contravenções Penais, que especificamente preceitua:
Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto:
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
“Importante alertar à população que ao receber alguma notícia devem sempre verificar se as fontes da notícia são seguras”, reforça a advogada.
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