Menino autista foge de casa e Conselho Tutelar pede apoio da PM em Godoy Moreira

 

A equipe policial de Godoy Moreira foi acionada diretamente pelo telefone celular de um vereador para comparecer a Rua Sebastião Máximo, pois o solicitante não estava conseguindo contato através do número 190. No local, o solicitante explicou que seu filho adotivo, um menino autista de 12 anos, havia fugido de casa por volta das 10h, alegando que sua mãe o estava agredindo. No entanto, a mãe afirmou não ter condições de cuidar dele e que, como ele se recusava a voltar para casa, não sabia para onde ele poderia ir.

A equipe entrou em contato com o conselho tutelar, que compareceu ao local e informou que já estava ciente do caso do menino. As conselheiras contaram que o menino frequentemente contava histórias contraditórias, mencionando agressões tanto pela mãe quanto pela irmã, embora não tivessem sido observadas lesões nele. Decidiram então levar o menino para a sede do conselho tutelar.

Na sede, a conselheira conversou com a mãe do menino, que estava bastante nervosa e disse que não iria buscá-lo, alegando que cuidaria de seu outro filho, que também tinha necessidades especiais. O menino ficou sob a responsabilidade do conselho tutelar para as medidas possíveis, enquanto a equipe se dirigia ao departamento de polícia para registrar o Boletim de Ocorrência (BO).

Entretanto, enquanto o BO estava sendo registrado, a equipe foi novamente acionada pelo conselho tutelar. Ao retornar ao local, a mãe do menino estava presente e explicou que ele não havia tomado seus remédios e fugiu de casa pela manhã. Ela afirmou que o incidente se tratou de uma disputa familiar, com parentes influenciando o menino a dizer coisas que a prejudicariam. Alegou também que o menino a chantageava, mencionando sua tornozeleira eletrônica, e que, no dia em questão, ele pediu dinheiro e, ao não receber, fugiu de casa, desencadeando toda a situação.

Devido à falta de evidências de lesões e às múltiplas versões apresentadas pelo menino, a equipe acompanhou a reunião do conselho tutelar, onde todas as partes foram ouvidas, e decidiu deixar o menino sob os cuidados da mãe. Com isso, a equipe cercou a ocorrência.