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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Andarilho suspeito de violentar e matar jovem é preso no Paraná



Um homem, suspeito pela morte e possível estupro de uma mulher, em Arapoti, nos Campos Gerais do Paraná, foi preso na cidade vizinha de Wenceslau Braz, na terça-feira (20). Conforme as informações da Polícia Civil do Paraná (PCPR), o preso admitiu ter roubado a mulher, mas negou o assassinato e a violência sexual. Entretanto, diante das provas já coletadas, o delegado responsável pelo caso irá indiciá-lo pelos crimes de latrocínio e estupro. Câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito atacou a mulher e a empurrou para uma mata.


No vídeo divulgado pelo portal Folha Extra, é possível ver que o homem, que é um andarilho conhecido na região, caminha ao lado da vítima, identificada como Jociele de Jesus de Abreu, de 31 anos, no início da madrugada de domingo (18). Em determinado momento ela até conversa com o suspeito, que está acompanhado pro um cachorro. Em seguida, a imagem de outra câmera flagra o momento em que o homem empurra Jociele para dentro de um matagal. Nesse momento, a vítima grita por socorro, mas o suspeito consegue arrastá-la.

A mesma câmera registrou o andarilho aindo do local cerca de meia-hora depois, novamente acompanhado por seu cachorro. O corpo de Jociele só foi localizado na segunda-feira (19), por volta do meio-dia. Ela estava desaparecida desde a noite de sábado (17), quando saiu de sua casa por volta das 23h30.

Suspeito foi preso após fugir para outra cidade

A partir das imagens, a PCPR identificou o suspeito, Juliano Constantino, um andarilho que vive em Wenceslau Braz, mas que é visto frequentemente em outras cidades da região. Assim, após dois dias de buscas, e uma tentativa de fuga, o suspeito foi localizado e preso por dois policiais militares que estavam de folga.

    Encaminhado para a delegacia, o suspeito foi interrogado e, de acordo com o delegado Gumercindo Athayde, confessou apenas ter assaltado a vítima.

    “Ele admite, efetivamente, que a intenção dele sempre foi roubar a vítima, porque ele estava no momento da abstinência do uso de drogas, precisava de mais drogas, não tinha dinheiro para comprá-la, então resolveu roubar a vítima para transformar esses objetos que ele subtraísse dela em eventual moeda de troca para a compra de drogas”, afirmou em entrevista à TV Campos Floridos.

    Polícia acredita que vítima sofreu estupro

    Entretanto, o delegado não acredita nessa versão do investigado e, dessa forma, irá indiciá-lo por outros crimes.

    “Ele alegou que somente empurrou a vítima e apertou o pescoço dela sem matá-la, e que não a teria estuprado. Não acreditamos, obviamente, nessa versão, mas como ele, e a própria esposa dele, confirmou que a abordagem à vítima inicial sempre foi com a intenção de roubá-la, e como ocorreu o resultado morte, então ele foi indiciado pelo crime de latrocínio e também pelo crime de estupro. Aguardamos a perícia do IML para confirmação se o estupro ocorreu quando ela estava ainda com vida ou sem vida, porque se isso aconteceu após a morte dela, também temos o crime de vilipêndio a cadáver”, explica o delegado.

    Os exames do Instituto Médico Legal são considerados importantes porque poderão confirmar que a vítima foi violentada pelo andarilho. O principal indício para esse crime é o fato do corpo ter sido encontrado sem parte das roupas.

    Companheira de andarilho foi ameaçada para ocultar o crime

    No momento em que foi preso, Constantino estava junto com a sua atual companheira, uma mulher também em situação de rua. Ao ser interrogada, ela contou que já sabia do crime, mas que foi ameaçada pelo companheiro para manter a história em segredo.

    “Durante a abordagem, a mulher que acompanhava o autor se identificou como sendo companheira dele, afirmando que estaria com ele já há cerca de um ano. Ela alegou que estava sendo ameaçada e constrangida por ele acompanhá-lo nessa fuga desde Arapoti. Diante disso houve a autuação em flagrante do suspeito pelo crime da violência doméstica praticado contra a companheira”, conta o delegado.

    Que destaca que a mulher contou em detalhes tudo o que sabia sobre o crime contra Juciele.

    “Ela narrou que ela tinha conhecimento do fato e que o companheiro havia confessado a ela que tinha roubado a vítima. No entanto, ele não afirmou a ela que teria matado e nem que teria estuprado [a vítima]. Ele inclusive teria convidado a própria companheira a ajudá-lo nesse roubo, mas ela se recusou. Quando ele retornou, ele retornou com uma pulseira e um anel da vítima, e bastante alterado”, complementa.

    O delegado contou ainda que essa mulher chegou a ir até o local do crime, quando constatou que a vítima estava morta. “Ela suspeitou disso e, durante a madrugada do domingo, foi até o local onde a vítima estaria, que ele falou, e lá ela viu a vítima morta, sem as roupas e baixo, com indícios do estupro. E daí, a companheira dele, segundo ela, se compadeceu da vítima, se colocou no local dela, como vítima também, como mulher. Porém, temendo pela violência, pela agressividade do companheiro, não comunicou nada às autoridades e ficou quieta”.

    Suspeito tem histórico de crimes

    A companheira do suspeito contou também onde ele escondeu a pulseira e o anel que roubou de Juciely, que foram localizados pelos policiais e entregues à família da vítima, que logo os reconheceu.

    O delegado aponta ainda que o suspeito tem antecedentes criminais. “Ele registra antecedentes de estupro após a maioridade penal, e também registra antecedentes antes, quando menor de idade. Me parece, eu não tenho essa informação precisa ainda, estou aguardando chegar oficialmente para mim os antecedentes criminais, mas me parece que também é um crime sexual que ele praticou ainda quando adolescente. Segundo ele, ele cumpriu a pena dele com relação ao estupro quando maior de idade, e já teria cumprido essa pena e estava livre”.

    Família organiza ato em homenagem a Jociele

    Jociele de Jesus Abreu tinha 31 anos e deixa uma filha de sete. Ele foi sepultada na terça-feira, no Cemitério Municipal de Arapoti. Ainda bastante abalados pelo crime, familiares e amigos dela organizam uma caminhada em homenagem à vítima.

    O ato, que também cobrará justiça para o caso, está marcado para domingo (25), com concentração na Praça do Chafariz, às 14h30. A caminhada passará pelo local onde Juciele foi assassinada e terminará no Cemitério Municipal.

    Informações: RIC Mais

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