Uma criança, de 2 anos, ficou trancada dentro de um ônibus escolar por aproximadamente quatro horas e meia. O caso aconteceu no município de Quatro Pontes, no oeste do Paraná. A mãe da menina contou o desespero vivido pela família. “Eu fui ao inferno, meu mundo caiu”.
Em entrevista para a RICtv, a mulher que não quis se identificar contou que a garotinha embarcou por volta das 12h50, como faz todos os dias. Naquele dia, a mãe resolveu buscar a criança na escola mais cedo e, quando chegou na instituição por volta das 17h20, perguntou pela filha e as professoras não tinham ideia do que tinha acontecido.
“As professora disseram que ela não estava no CMEI. Eu disse que era impossível, pois eu a coloquei no ônibus. Até achei que era brincadeira, quando começou o desespero para ir atrás dela. Quando foi se aproximando do horário da saída, o motorista do ônibus já estava voltando para buscar as crianças. Minha menina estava em estado de choque, com os olhos arregalados”, explicou a mãe.
A pequena ficou aproximadamente 4h30 dentro do ônibus, sozinha, sem água ou comida. De acordo com a mãe, a sorte é que as janelas não fecham direito, evitando algo pior, caso o veículo estivesse fechado e no sol.
“Quando questionei o motorista que ela podia estar morta, pois ela ficou quatro horas trancada, ele disse que isso acontece e que eu podia ficar despreocupada, porque ele parou o carro na sombra”, revelou a mão da menina.
A equipe da RICtv Oeste descobriu que não foi a primeira que o caso aconteceu. Os pais chegaram a fazer uma reunião questionando a falta de uma pessoa para ajudar o motorista e tomar conta das crianças no veículo. Além disso, o Conselho Tutelar já fez recomendação ao município.
“Deveria ter um monitoramento dentro do transporte escolar, acompanhando cada momento, desde a chegada até a saída”, disse a conselheira tutelar, Vilse Paetzold.
O serviço do transporte escolar é terceirizado pela prefeitura. O motorista já foi afastado das atividades. Além disso, a secretária de educação, Renite Rohden, afirmou que medidas estão sendo estudadas para contratação de auxiliares e que esses processos não acontecem da noite para o dia.
“Nós estamos todas as medidas que cabem ao município tomar. Não temos conhecimento que isso aconteceu em outro momento da mesma forma, pois nada foi registrado”, explicou a secretária.
Informações: RIC Mais