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terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Veto na direção do Colégio: Caveira acredita ter sido punido por questionar o sistema


No início de 2025, a comunidade escolar de São João do Ivaí recebeu a notícia de que o professor Edilson José Lopes, conhecido como Caveira, não seria mais o diretor do Colégio Estadual Arthur de Azevedo, após 15 anos de atuação na liderança da instituição. A substituição ocorreu em virtude de mudanças no processo de escolha da direção, que passaram a adotar um sistema de credenciamento, incluindo prova escrita e entrevista, substituindo as tradicionais eleições diretas.


O professor Alessandro obteve a melhor pontuação no processo seletivo e assumiu o cargo de diretor. Caveira, que ficou em segundo lugar na seleção, destacou que o novo método altera significativamente a dinâmica democrática das escolas.


“Nas eleições diretas, os representantes eram escolhidos pela comunidade escolar — alunos, pais, professores e funcionários. Isso garantia um processo mais justo, pois quem está diretamente ligado à escola conhece o trabalho de cada candidato. Agora, com o credenciamento, o governo tem maior controle sobre as nomeações”, explicou Caveira.


Após assumir a direção, o professor Alessandro convidou Caveira para ocupar o cargo de diretor auxiliar, mas o Núcleo Regional de Educação de Ivaiporã teria vetado o nome de Caveira. “Fui informado de que meu nome não foi aprovado pela chefia do Núcleo, sem nenhuma justificativa clara. Talvez seja pelo meu perfil de contestar certas decisões do governo ou do Núcleo, sempre buscando expor meu ponto de vista e lutar pelo que acredito ser melhor para a escola”, afirmou Caveira.


Ele também destacou que sempre se posicionou contra algumas medidas do governo estadual, como a implementação das escolas cívico-militares e a terceirização de serviços escolares, que, segundo ele, desvalorizam os profissionais da educação e criam desigualdades.



Apesar da saída da direção, Caveira ressaltou os avanços do colégio sob sua gestão, incluindo a elevação constante do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que coloca o Arthur de Azevedo entre as melhores escolas do Núcleo Regional de Educação. Ele também relembrou projetos premiados, como o Agrinho, e a valorização das parcerias com a comunidade. “Fico chateado, pois dediquei 38 anos à escola. Acreditava que poderia continuar contribuindo, mas respeito o processo e seguirei como professor, com o mesmo empenho de sempre”, declarou.


O futuro da gestão escolar


O caso levanta uma discussão maior: o retorno das eleições diretas para diretores escolares. Caveira defende que o modelo democrático é o mais justo para a escolha dos gestores.

“Uma seleção prévia com prova pode ser útil, mas o voto direto da comunidade escolar deveria ser a etapa final. É importante que pais, alunos e professores tenham a palavra final na escolha dos representantes”. 


O que você acha? Deve haver o retorno das eleições diretas para diretores dos colégios estaduais?


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GODOY MOREIRA

SÃO JOÃO DO IVAÍ