As prefeituras da região
estão com as portas fechadas nesta quarta-feira (22), em protesto contra a
queda dos repasses federais, que vem acarretando em crise em diversos setores
da administração pública, inclusive a saúde. A mobilização desta data é
liderada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que promove agenda de
reuniões em Brasília.
Na pauta de discussões que
marca esse dia de mobilização, a CNM busca debater com todas as esferas do poder.
Para o executivo, será solicitado auxílio financeiro aos municípios; na Câmara
dos Deputados, serão abordados assuntos como precatórios, piso do magistério e
resíduos sólidos; no senado, a frente municipalista tratará sobre emendas do
Fundo de Participação dos Municípios (FPM), atualização dos programas federais
e derrubada do veto ao Encontro de Contas.
Prefeitos que compõem a nova
associação de municípios da região, a Central dos Municípios, que tem como
presidente o prefeito de São João do Ivaí, Fábio Hidek, se reuniram ontem (21)
em Curitiba, para estabelecer apoio à mobilização que tem como mote “Não deixem
os municípios afundarem”. O prefeito de Ivaiporã, Miguel Amaral, foi para
Brasília acompanhar a agenda da CNM, representando os prefeitos da associação.
Segundo Hidek, o momento que
os municípios atravessam não se compara a nada do que já foi vivido antes. “A
população escuta sobre crise e queda de recursos, antes mesmo da crise
anunciada no Brasil. Mas a coisa apertou de uma maneira que os municípios vão
parar. Ou o governo federal nos ajuda repassando o que é justo e de direito, ou
teremos que parar com os serviços prestados à população”, lamenta.
Para auxiliar no fechamento
das contas de 2017, a expectativa dos prefeitos se concentra apenas na possível
atitude do Governo Federal em liberar uma cota extra de FPM. “Os cofres estão
vazios e os pequenos municípios não possuem outra fonte de receita que não seja
o FPM. Muitos municípios não vão fechar as contas desse ano por falta de
recursos. A cota extra é uma luz no fim do túnel”, afirma Hidek.