O Paraná vai começar a vacinar
adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades e jovens de 17 anos sem
comorbidades. A definição aconteceu nesta terça-feira (21) em reunião da
Secretaria de Estado da Saúde com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde
do Paraná (Cosems/PR) e a Associação dos Municípios do Paraná (AMP).
Na reunião, as entidades
também decidiram que a próxima terça-feira (28) marcará o início da vacinação
de adolescentes, exclusivamente de 17 anos, sem comorbidades. O andamento para
as demais faixas etárias será viabilizado desde que o Ministério da Saúde
reavalie o posicionamento e inclua a imunização deste público sem condições
pré-existentes no PNI.
“Vamos oficiar o Ministério da
Saúde para que envie vacinas para este público. É importante reiterarmos que o
Paraná quer vacinar toda a população de forma indistinta e apoia, baseado nos
mais diversos estudos e conhecimentos científicos, a imunização de todos os
adolescentes”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Os municípios devem utilizar
doses remanescentes da reserva técnica, exclusivamente do imunizante
Pfizer/BioNTech, considerando que não houve, ainda, repasse de doses destinadas
para este público por parte do Ministério da Saúde. É a única vacina autorizada
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A orientação ainda será
deliberada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) nesta quarta-feira (22),
com previsão de início efetivo na quinta (23).
O anúncio formal foi feito
pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. "Toda a campanha de vacinação
está sendo construída com base no diálogo no Paraná. Agora, vamos começar a
vacinação nos adolescentes com comorbidades e a partir da semana que vem
naqueles sem comorbidades de 17 anos", disse. "A vacinação tem
demonstrado que é a grande arma contra a pandemia. E a adesão tem sido muito
alta no Paraná. Com os adultos vacinados, estamos partindo para os
adolescentes".
Segundo a normativa, a
campanha para aqueles com alguma comorbidade acontecerá em ordem decrescente, e
levando em consideração deficiências permanentes, gestantes e puérperas,
indígenas e privados de liberdade.
“Este é o primeiro passo que
estamos dando para iniciar a imunização deste público que já está amparado pelo
Plano Nacional de Imunizações – PNI. Os municípios sinalizaram que existe a
possibilidade deste avanço e agora esperamos em conjunto, que o Ministério da
Saúde reveja essa posição e que todos possamos avançar na vacinação também, dos
adolescentes em geral”, acrescentou o secretário de Estado da Saúde, Beto
Preto.
O presidente do Cosems/PR e
secretário municipal de Mangueirinha, Ivoliciano Leonarchik, disse há um pedido
para que os 399 municípios cumpram a recomendação estadual. “Pedimos que os
gestores sigam essa orientação e não tomem decisões isoladas, visto que fizemos
uma ampla discussão e oportunizamos essa pactuação também com os pequenos municípios.
Desde o início da pandemia temos trabalhado desta forma e devemos continuar
caminhar juntos”, afirmou.
A secretária Municipal de
Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, também esteve presente na reunião. “Os
municípios fizeram um bom trabalho durante a campanha, não perdendo doses e
sempre mantendo a primeira e segunda dose dentro do cronograma. Agora
discutimos que poderíamos dispor dessas doses remanescentes da reserva técnica
e iniciar a imunização deste grupo”, afirmou.
REPESCAGEM – Também foi definido
que os municípios que ainda não terminaram a vacinação da população adulta
(acima de 18 anos) devem aplicar preferencialmente o imunizante da CoronaVac
como primeira e segunda dose, uma vez que o Estado recebeu os imunizantes e tem
a garantia do fechamento do esquema vacinal.
PRESENÇAS – Participaram da
reunião a diretoria do Cosems/PR, o presidente da AMP e prefeito de Jesuítas,
José Aparecido Weiller Júnior, além de demais gestores municipais.