À medida que a Ômicron se
espalha pelo mundo e provoca o aumento de casos da Covid-19 em vários países,
especialistas descobrem novas características da contaminação provocada pela
cepa.
O aplicativo epidemiológico
Zoe Symptom Study App, do Reino Unido, é uma das principais ferramentas para
analisar o quadro clínico de pacientes infectados pela variante, e uma recente
atualização mostra o surgimento de mais um sintoma que pode estar associado à
essa versão do coronavírus.
De acordo com os dados obtidos
pelo levantamento, uma em cada cinco pessoas infectadas pela variante apresenta
dor lombar durante o período de contaminação. Os especialistas responsáveis
pelo aplicativo sugerem que sentir dores incomuns nas costas, sem gatilho
conhecido e acompanhadas de outros sinais, pode indicar a presença do
coronavírus no organismo.
Segundo os cientistas, a dor
lombar afeta 19% dos pacientes, em média, e ocupa o 17º lugar na lista de
sintomas mais comuns da Ômicron. Dessa forma, esse tipo de incômodo torna-se
mais frequente do que a dor no peito (16%), perda de apetite (18%) e glândulas
inchadas (18%). Para o líder do estudo, Tim Spector, a descoberta do novo
sintoma ainda é recente. O profissional enfatiza que os cinco principais sinais
da Covid-19 ainda são: coriza (74%), dor de cabeça (68%), fadiga (63%), dor de
garganta (63%) e espirros (61%).
No início de dezembro de 2021,
médicos na África do Sul alertaram que a dor lombar poderia ser um sinal da
presença da Ômicron, mas só agora a hipótese foi constatada por uma das
principais ferramentas de estudo da Europa. Durante live no Youtube, o professor
Spector afirma que “os relatórios mostraram que a dor lombar está ocorrendo com
frequência, e por isso, foi divulgada como uma das opções de manifestação da
doença”.
O Serviço Nacional de Saúde
(NHS) do Reino Unido e a equipe do King’s College London, que conduz o estudo,
ainda não adicionaram a dor lombar à lista completa e oficial de sintomas da
Covid-19. (Informações Portal Metrópoles)