Mais dois munícipios da região
enfrentam epidemia de dengue: Arapongas e Lunardelli. Os dados constam no
boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgado nesta terça-feira
(12). Em Arapongas, são 602 casos confirmados e 424 em investigação, um aumento
de 240 diagnósticos em relação ao boletim da semana anterior (5).
Com as novas confirmações, o
município alcançou índice de 474.69 casos para cada 100 mil habitantes. É
considerada epidemia quando o índice passa de 300 casos/100 mil. O avanço da
dengue em Arapongas se acentuou nas últimas semanas. Nesta quarta-feira (13), o
secretário de Saúde, Moacir Paludetto Junior, e o coordenador de Combate à
Dengue, Valdecir Pardini, fazem um bate-papo sobre prevenção, controle,
diagnóstico e informações da dengue, com transmissão pelas redes sociais da
prefeitura a partir das 9 horas.
O município é o segundo da 16ª
Regional de Saúde de Apucarana a enfrentar epidemia. Com 298 casos confirmados,
Marumbi foi a primeira cidade a atingir índice epidêmico.
No boletim desta terça, foi
confirmada epidemia também em Lunardelli, na região da 22ª Regional de Saúde de
Ivaiporã. O município passou de 12 casos confirmados na semana passada para 22
no atual boletim, atingindo índice 396,33 casos/100 mil habitantes. Apucarana
soma 19 casos de dengue.
Paraná:
O boletim semanal da dengue,
divulgado nesta terça-feira (12), confirma mais três óbitos, totalizando cinco
mortes pela doença neste período epidemiológico (de 1º de agosto de 2021 a
julho de 2022). Eles ocorreram nas regiões Oeste e Noroeste do Estado, entre os
dias 1º de fevereiro e 24 de março de 2022. São dois homens, um de 86 anos, que
residia no município de Matelândia, e outro de 74 anos, morador de Tapira, além
de uma mulher de 32 anos, residente de Medianeira. Os dois óbitos anteriores
ocorreram nos municípios de Arapongas e Nova Esperança.
Também foram confirmados mais
4.882 casos, somando 16.560 confirmações. São 12.465 novas notificações,
totalizando 65.040 registros em 360 municípios (sete a mais do que o anterior).
Há ainda, 19.051 casos em investigação.
Diante desse quadro, a
Secretaria de Estado da Saúde promoveu nesta terça uma reunião técnica para
mapear e sugerir novas medidas de enfrentamento da dengue no Paraná.
Participaram gestores da Secretaria de Saúde do Paraná, os diretores das 22
Regionais de Saúde, apoiadores do Conselho de Secretários Municipais de Saúde
(Cosems/PR), o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Júnior
Weiller, e o diretor executivo do Consórcio Paraná Saúde, Carlos Roberto
Kalckmann Setti.
“Este aumento vertiginoso no
número de casos notificados e confirmados aponta para uma situação de eminente
epidemia, e por esse motivo é necessário fazer um alinhamento de medidas,
principalmente no que se refere à ação do Estado nas Regionais de Saúde e consequentemente
nos municípios”, explicou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
A Secretaria realiza
constantes ações há alguns anos de prevenção por meio das 22 Regionais de
Saúde, mas a proposta, agora, é focar na mesma estratégia que se mostrou eficaz
no combate à doença durante a epidemia de 2019. “Precisamos sensibilizar os
municípios para que centralizem o atendimento da dengue em uma unidade de
referência para o acolhimento deste paciente. Isso favorecerá um manejo
adequado dos pacientes por parte dos médicos, evitando condutas que possam
resultar no agravamento da doença”, disse o secretário.
O contingenciamento de insumos
e o combate dos focos dos criadouros, com apoio da Defesa Civil, também são
ações estratégicas para combater a dengue. “Já estamos desenvolvendo ações em
vários municípios de forma direta com as Secretarias Municipais de Saúde,
realizando mutirões para eliminação dos criadouros. Estaremos com toda
estrutura necessária da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para apoiar em
tudo que estiver ao nosso alcance”, afirmou o coronel Fernando Raimundo
Schunig, comandante da Defesa Civil.
CRIADOUROS – A melhor forma de
prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti,
eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em
vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e
sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
Ações simples ajudam a evitar a proliferação do mosquito.
“90% dos criadouros são
passíveis de remoção. Reforçamos a orientação de que as medidas de prevenção
contra a dengue precisam ser adotadas por toda a população, a maioria dos
criadouros estão presentes nos domicílios, por isso a recomendação para que
todos verifiquem suas casas, quintais e eliminem os focos de água parada”,
complementa a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte. (Informações TnOnline)