A Secretaria de Estado de
Saúde (SESA) através da 22ª Regional de Saúde está utilizando o UBV pesado,
popularmente conhecido como “fumacê" para combater o Aedes aegypti,
mosquito transmissor da dengue, que também transmite o zika vírus e a chikungunya.
Nos últimos dias o serviço está sendo realizado nos municípios de Jardim Alegre
e Lunardelli, que se encontram em situação de epidemia de dengue.
De acordo com Claudio Nunes,
coordenador de endemias da 22ª RS, o serviço é uma nebulização de inseticida
que mata os insetos adultos enquanto estão voando. Ivaiporã, o primeiro
município da regional que recebeu o serviço conseguiu baixar a incidência do
Levantamento de Índice Rápido do Aedes(LIRA) de mais de 4% (alto risco) para
0,9%. Inferior a 1% é considerado
satisfatório pelo Ministério da Saúde.
Os municípios recebem a
aplicação de cinco ciclos do Fumacê, ou seja, o inseticida passará cinco vezes
na mesma localidade, variando de 03 a 05 dias dependendo as condições
climáticas.
“Jardim Alegre e Lunardelli nós
começamos no final da semana passada. A tendência gradativa de diminuição do
mosquito é grande, mas necessita ainda que os Municípios se preocupem com a
eliminação dos criadouros, porque o inseticida mata os mosquitos adultos que
estão voando. As larvas e pupas, o inseticida não mata”, enfatiza Nunes.
Em Godoy Moreira, por exemplo,
embora tenha sido realizada apenas um ciclo de aplicação do inseticida com a
caminhonete fumacê, a epidemia foi controlada. “Lá além do trabalho de remoção
dos criadouros pela área da saúde houve também o envolvimento da população que
ajudou bastante, foi feito ainda um trabalho de aplicação com bomba costal em
toda a cidade e com isso conseguiram controlar a epidemia”.
Nunes explica, que os horários
de atuação da UBV são pré determinados, seguindo as normas técnicas: pela
manhã, entre 5 e 8 horas, e à tarde,
entre 18 e 21 horas, períodos em que há
maior movimentação de insetos.
É recomendado abrir as
janelas, portas e box do banheiro para o inseticida entrar em todas as partes
da residência. Proteger com plásticos ou tecidos as gaiolas de pássaros,
aquários ou colméias, trocar a água e alimento dos animais após a aplicação e,
se possível, o morador se manter longe do veneno. (TnOnline)