O Vale do Ivaí registrou o
primeiro óbito por dengue. Trata-se de uma paciente de 37 anos de Ivaiporã com
sequela de paralisia cerebral. A morte foi confirmada com outras oito no
boletim semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta
terça-feira. O relatório aponta também o avanço da doença na região com a
inclusão dos municípios de Faxinal e Rosário do Ivaí na lista das cidades em
epidemia da doença.
Em Faxinal, foram confirmados
63 casos de dengue. Já em Rosário do Ivaí são 26 confirmações. O Vale do Ivaí
tem dez municípios em epidemia de dengue: Marumbi (19), Sabáudia (89), São
Pedro do Ivaí (182),Godoy Moreira (167). Jardim Alegre (512), Lunardelli (148)
e São João do Ivaí (147). O primeiro município da região a registrar epidemia,
Ivaiporã, é o que tem o maior número de casos e um dos maiores índices
epidêmicos, são 1.568 casos, 4,5 mil para cada 100 mil habitantes. Considera-se
em epidemia quando a razão é maior que 300 casos por 100 mil habitantes.
No relatório desta terça-feira
também foram registrados: 2 óbitos em Cianorte, duas mulheres, sem
comorbidades, uma de 50 anos e outra de 39; 2 óbitos em Toledo, uma mulher de
88 anos, com quadro de hipertensão, e um homem de 80 anos, com quadro de
hipertensão e insuficiência cardíaca; um
óbito em Londrina, mulher de 89 anos, com insuficiência renal crônica; um óbito
em Ivaiporã, mulher de 37 anos, com sequela de paralisia cerebral; um óbito em
Rolândia, homem de 51 anos, sem
comorbidade; um óbito em Nova Aurora, homem de 59 anos, sem comorbidade, e um
óbito em Santo Antonio da Platina, uma jovem de 15 anos, também sem histórico
de doença pré-existente.
O boletim divulgado hoje
também atualiza o número de municípios em epidemia; são 189. Outros 33 estão em
situação de alerta. São 102.247 casos de dengue confirmados no Estado, com
aumento de 14.527 casos em relação a semana anterior.
São 9 óbitos confirmados nesta
semana. Na publicação da semana passada o total de óbitos no período era de 69,
hoje são 78. O período de monitoramento começou em agosto de 2019 e segue até
julho deste ano.
“Estamos vivendo um momento de
isolamento social, as pessoas estão passando a maior parte do tempo em casa
como medida de proteção fundamental para o controle do coronavírus; por isso
reforçamos nosso pedido para que todos contribuam com uma verificação detalhada
nos quintais e nos ambientes internos das residências para eliminação dos
criadouros do mosquito transmissor da dengue. É o momento de identificarmos o
foco e eliminarmos, é uma questão de responsabilidade social”, afirma o
secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
“Temos uma situação de
epidemia no estado por dengue e uma pandemia de coronavirus; precisamos aplicar
todas as medidas preventivas para as duas infecções e, no caso da dengue, já está
comprovado que a retirada dos focos é a melhor alternativa”, complementou o
secretário. (TnOnline)