Levy
Fidelix, fundador e presidente nacional do Partido Renovador Trabalhista
Brasileiro (PRTB), morreu na noite de sexta-feira, 23, aos 69 anos. A
informação foi confirmada pela diretoria do PRTB, que publicou um comunicado
nas redes sociais do político. A causa da morte não foi divulgada oficialmente.
“É
com profunda dor e pesar que o PRTB, por sua diretoria, comunica o falecimento
do nosso Líder, Fundador e Presidente Nacional Levy Fidelix, ocorrida nesta
data na cidade de São Paulo”, escreveu o partido.
Aliados
e amigos de Levy Fidelix foram às redes sociais lamentar a morte do político.
“Que Deus conforte toda a família desse grande líder nacional”, escreveu o
prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), em seu perfil no Instagram.
O deputado federal
por Mato Grosso e vice-líder do governo na Câmara, José Medeiros (Podemos),
prestou condolências via Twitter. “Meus sentimentos à família do presidente do
PRTB, Levy Fidelix”, escreveu.
A ex-secretária de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos, Sandra Terena, descreveu Fidelix como “pioneiro do
conservadorismo no Brasil” ao lamentar sua morte no Twitter. O marido de
Sandra, o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, era próximo de Levy.
Trajetória política
Também conhecido
como “candidato do Aerotrem”, Fidelix começou sua carreira política em 1986,
quando fundou o PL (Partido Liberal) e disputou as eleições para deputado
federal por São Paulo. Antes, trabalhou como jornalista para os jornais Correio
da Manhã e Última Hora. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal
Fluminense (UFF), ele também fundou três revistas e foi âncora de um programa
sobre informática na TV Bandeirantes e no SBT.
Apesar dos mais de
30 anos na Política, Levy Fidelix nunca foi eleito para nenhum cargo, mesmo
tendo concorrido em 14 pleitos no total. Ele recebeu votações irrisórias tanto
em 1986, quando disputou para deputado federal pelo PL, quanto em 1989, quando
mudou-se para o PTR (Partido Trabalhista Renovador) e concorreu ao mesmo cargo.
Entre 1992 e 1994,
Fidelix fundou o PRTB para se candidatar à presidência da República, mas acabou
com o registro barrado por conta da legislação eleitoral. Depois, concorreu à Prefeitura
de São Paulo, em 1996, quando apresentou pela primeira vez a famosa proposta do
Aerotrem – um trem de alta velocidade que, segundo ele, seria a solução para o
problema de mobilidade urbana na capital.
Em 1998 e 2002,
tentou ser governador do Estado de São Paulo, mas foi derrotado com menos de 1%
dos votos válidos em ambas as ocasiões. O mesmo aconteceu em 2004, quando se
candidatou a vereador na capital paulista, e em 2006, quando tentou o cargo de
deputado federal.
Levy Fidelix
participou da corrida presidencial nas eleições gerais de 2010 e 2014. Nesta
última ficou conhecido por suas participações nos debates entre candidatos
transmitidos pela TV, que, em vários momentos, renderam declarações polêmicas,
principalmente falas de cunho homofóbico. Também foi o pleito em que teve sua
votação mais expressiva, recebendo mais de 440 mil votos, o equivalente a 0,43%
dos votos válidos.
Sua última
participação em eleições foi em 2020, quando tentou a Prefeitura de São Paulo.
Levy deixa sua esposa, Aldineia Rodrigues Cruz, e uma filha, Lívia Fidelix. (Fonte
Estadão)