Com a nova
remessa de vacinas recebidas na manhã desta segunda-feira (3), o Paraná dará
início à imunização contra a Covid-19 de pessoas com comorbidades,
com deficiência permanente, grávidas e puérperas. Foram enviadas pelo
Ministério da Saúde ao Estado 391.500 doses da Covishield, da Universidade de
Oxford/AstraZeneca/Fiocruz, que somadas às 14.600 unidades da Coronavac, fabricada
pelo Instituto Butantan/Sinovac, entregues no sábado (1º), totalizam 406.100
doses disponíveis para aplicação na população paranaense.
A chegada das 32.760 doses de vacinas da farmacêutica
norte-americana Pfizer, produzida em parceria com a empresa de biotecnologia
alemã BioNtech, também prevista a manhã desta segunda, foi adiada. A
previsão é que elas desembarquem no Aeroporto Internacional Afonso
Pena, na Região Metropolitana de Curitiba, na noite desta segunda-feira, por
volta das 19 horas.
As vacinas compõem o 16° lote encaminhado ao Estado. Elas serão
distribuídas nesta terça-feira (4) para as 22 Regionais que integram a
rede de saúde do Paraná para que os municípios possam dar continuidade à
vacinação. A informação foi dada pelo secretário estadual da Saúde, Beto Preto,
que recepcionou os imunizantes, no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).
As vacinas são transportadas por aeronaves para as áreas mais
afastadas de Curitiba, e por via terrestre para as divisões de Paranaguá,
Metropolitana, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco,
Francisco Beltrão, Londrina, Telêmaco Borba e Ivaiporã.
Do
quantitativo de vacinas AstraZeneca/Fiocruz, conforme os planos nacional e
estadual de vacinação, serão destinadas 235.991 doses D1 para aplicação em
pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, além de pessoas com
deficiência permanente grave. O Paraná estima em 1.729.359 o número de pessoas
inclusas nesses segmentos. Do lote da Covishield, serão 116.269 imunizantes
para continuar a vacinação de primeira dose de pessoas com 60 a 64 anos (21%).
O restante é guardado como reserva técnica.
“Todas as
gestantes podem ser vacinadas nesta etapa. Já puérperas, apenas as que
apresentam comorbidades”, destacou o secretário Beto Preto. “Essas doses são
reservadas para casos mais graves, como pacientes que realizam hemodiálise,
pacientes renais crônicos, pessoas com Síndrome de Down, cardiopatias graves,
doenças pneumáticas severas, diabetes médios e graves, câncer, trasplantados e
imunossuprimidos”.
As
pessoas com Síndrome de Down, com doença renal crônica, gestantes e puérperas
serão vacinadas independentemente da idade, enquanto a vacinação daquelas com
comorbidades ou deficiência permanente severa, nesse primeiro momento,
alcançará apenas aqueles que têm entre 55 e 59 anos, depois de 50 a 54 anos, e
assim por diante.
PRESCRIÇÃO
MÉDICA – As pessoas com comorbidades terão que comprovar doença para receber a
vacina. Segundo o Plano Nacional de Imunização (PNI), o cidadão que tiver
câncer, for transplantado ou imunossuprimido – quando tem os mecanismos de
defesa comprometidos – só poderá ser vacinado com a prescrição médica. No caso
de quem já faz acompanhamento médico no Sistema único de Saúde (SUS), as
informações constam no prontuário do paciente.
Os outros
integrantes do grupo podem apresentar exames, receita ou atestado médico, além
do formulário criado e disponibilizado no Portal do Conselho Regional de
Medicina (CRM), preenchido por um médico.
“Já os
pacientes acompanhados pela rede privada precisarão apresentar uma declaração
do médico que os acompanha. A declaração modelo está disponibilizada no Portal
do Conselho Regional de Medicina do Paraná”, explicou Beto Preto.
CORONAVAC/BUTANTAN
– As unidades da Coronavac/Butantan serão destinadas para 2.747 primeiras doses
em profissionais da segurança pública e salvamento (além das Forças Armadas), o
que representa cerca de 7,4% desse grupo. Também serão aplicadas 8.103 segundas
doses (referentes ao lote 12) em trabalhadores de saúde e 2.339 doses em
profissionais da segurança pública e salvamento (referentes aos lotes 13 e 14).
PFIZER –
As doses da vacina da Pfizer que serão enviadas nesta segunda-feira pelo
Ministério da Saúde e ficarão em Curitiba, devido às suas especificidades
técnicas e exigências de armazenamento, que demandam temperaturas muito baixas.
A medida segue orientação da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações
do Ministério da Saúde.
A
Secretaria de Estado da Saúde disponibilizou o pátio do Cemepar (onde as
vacinas serão recebidas, armazenadas e em seguida distribuídas) para que a
Prefeitura de Curitiba possa realizar a vacinação. O Estado conta com nove
freezers para armazenamento do imunizante. Sete são de ultrabaixa temperatura
(-80ºC) e dois são de temperatura de -20ºC. A definição final do local onde
ocorrerá a imunização será do ente municipal.
Até às 12
horas desta segunda-feira, de acordo com o Vacinômetro da Secretaria de Estado
da Saúde, o Paraná havia aplicado um total de 2.806.041 de vacinas, sendo
1.797.135 primeiras doses e 1.008.906 segundas doses.