Uma data especial chegou: o Dia das Mães. É ruim
ficar longe da nossa mãe, claro que é. O povo não deixou de vir fazer uma visitinha,
e o fluxo de gente aumentou. Não podemos ignorar que a pandemia não
acabou, e que o vírus é invisível, certo?
Então, vamos agora nos conformar com o que virá
daqui pra frente e rezar, ter muita fé, pedir a Deus para que cada um de nós e
quem a gente ama, não fique mal por causa da Covid-19 e venha precisar de um
leito de enfermaria ou UTI na hora que o sistema estiver em colapso novamente.
E todos sabem que isso não é difícil de ocorrer.
Um lado força para fechar, mas outro puxa para
abrir. Fica difícil controlar pessoas. É difícil lutar pelo bem comum, quando
não existe empatia por parte de todos. Amanhã ou depois vão culpar os
governantes? Vão culpar os comerciantes? Vão culpar a mãe que estava em casa e
passaria sozinha? E se o seu presente foi trazer o vírus pra ela?
Bom, Deus queira que não. E Deus queira que ninguém
precise chorar por remorso: “Eu deveria ter ficado mais em casa e me cuidado”.
Depois que perdemos alguém. Depois da morte, não existe choro que resolva.
Quando perguntam: para quem eu ligo para denunciar aglomeração? Depois de um
ano ainda temos que ligar para alguém ir dar jeito nisso? Não existem crianças
fazendo festas sozinhas. Já deveríamos ter aprendido muita coisa nesse pouco
mais de um ano de pandemia e mais de 400 mil mortes no Brasil.
A culpa está em quem não dá valor na vida e não
está nem aí para quem dá. O exemplo tinha que ser de todos, mas a vergonha perdeu a máscara. Profissionais da linha de frente, se preparem para mais desgastes com horas e horas de trabalho por conta da irresponsabilidade de alguns. Tem muita gente que não está ligando para o esforço de vocês. Na verdade, o que pensam é que não estão fazendo mais que uma obrigação. Lamentável...
Artigo: Herithon Paulista