A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou nesta quarta-feira (1º) mais 36 casos da variante delta e 13 casos de sublinhagens e cinco novos óbitos – quatro da variante delta e um da sublinhagem AY.4.
Os dados foram repassados no relatório de circulação de linhagens Sars-CoV-2 (vírus responsável pela Covid-19), por sequenciamento genômico, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os novos casos foram registrados em Paranaguá, Araucária, Colombo, Curitiba, Piên, Piraquara, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Fernandes Pinheiro, Imbituva, Palmas, Cascavel e Guaraniaçu, Toledo e São João do Ivaí. Os óbitos são de Curitiba (4) e Toledo (1) e tratam-se de três homens e duas mulheres com idades que variam de 31 a 66 anos.
O Canal HP entrou em contato com a secretária de Saúde, Adriana Ceron de Almeida, que informou que o estado notificou o município sobre o caso confirmado da variante nessa quarta-feira (01). "O caso foi encaminhado para investigação da Sesa há mais de 30 dias, e só agora saiu a confirmação. Entretanto, quero tranquilizar a população, porque a saúde fez o isolamento correto, inclusive dos familiares e das pessoas que tiveram contato", afirmou.
A secretária completa enaltecendo que a pandemia não acabou e que as pessoas precisam continuar se cuidando. "Já era esperado que uma hora as variantes chegariam, pois as pessoas vão circulando cada vez mais, e chegará em todo o território do país. O que orientamos é que a nossa população continue se cuidando, usando máscara, evitando aglomeração e tomando a primeira e a segunda dose da vacina. Muitas pessoas estão deixando de comparecer para tomar a segunda dose", alertou Adriana.
GERAL – Até agora, 843 amostras do Paraná já foram sequenciadas pela Fiocruz e 475 aguardam resultado. A maioria das amostras correspondem a variante P.1 (462 casos). A delta possui atualmente 95 casos confirmados e 24 óbitos, além de 30 casos de sublinhagens (14 casos AY.4 e 3 casos AY.12), com dois óbitos da AY.4.
PROTOCOLO – Assim que o relatório é enviado pela Fiocruz, a Sesa entra em contato com as Regionais de Saúde, que por sua vez comunicam os municípios de residência (ou de notificação) dos casos confirmados para iniciarem a investigação epidemiológica. Este processo inclui dados desde o início dos sintomas, a realização do exame, se houve internação e se o caso é considerado como cura ou óbito.
SUBLINHAGENS – Sublinhagens de variantes são fenômenos que fazem parte da evolução viral natural e estão associados à taxa de replicação da doença. Quanto mais o vírus se multiplica, mais rápido ocorrem os processos de evolução.
O vírus Sars-CoV-2 sofre mutações esperadas dentro do processo evolutivo de qualquer vírus RNA. Quando isso acontece, caracteriza-se como uma nova variante do vírus.
Para a nomenclatura não ficar muito comprida, quando chega em 4 caracteres, é dado um novo nome. É o que aconteceu com a P.1 e P.2: os nomes oficiais eram B.1.1.28.1 (para a P.1) e B.1.1.28.2 (para a P.2). A AY.4 é a B.1.617.2.4 e a AY.12 é a B.1.617.2.12.
VARIANTE DE ATENÇÃO – Quando as mutações ocasionam alterações relevantes clínico epidemiológicas, como maior gravidade e maior potencial de infecção, essa variante é classificada como VOC (variant of concern ou variante de atenção). As VOC são consideradas preocupantes devido às mutações que podem conduzir ao aumento da transmissibilidade e ao agravamento da situação epidemiológica. As sublinhagens da variante delta, assim como a própria cepa, são consideradas como VOC.