Levantamento do Índice de
Infestação do Aedes Aegypti da 16ª Regional de Saúde (RS) aponta que em um
município da região existe risco alto de infestação do mosquito transmissor da dengue, e em outros 12
municípios o risco é médio. Somente quatro cidades estão com números dentro do
recomendado: Grandes Rios, Marumbi, Mauá da Serra e Novo Itacolomi. Com a
aproximação do verão - estação com temperatura elevada e chuvas - os municípios
começam a intensificar as ações de combate ao mosquito.
O relatório revela que Kaloré
está com índice mais alto da região, 4,7%. De acordo com a regional, significa
que, a cada 100 imóveis visitados, mais de quatro tinham larvas do mosquito da
dengue. Mas segundo a 16ª RS, o município não tem caso da doença. Entre os
municípios com índice entre 1% a 3,9%, que correspondem a médio risco, estão
Apucarana, Arapongas, Bom Sucesso, Borrazópolis, Califórnia, Cambira, Faxinal,
Jandaia do Sul, Marilândia do Sul, Rio Bom, Sabáudia e São Pedro do Ivaí.
“Os três municípios que estão
com índices mais altos, Kaloré, Rio Bom e São Pedro do Ivaí estão com risco de
entrar em epidemia. São municípios que já passaram por situações críticas
anteriormente”, alerta o chefe da 16ª RS, Marcos Costa.
Costa destaca que, embora o
índice de infestação esteja elevado, existem apenas três casos confirmados na
regional toda: em Apucarana (1), Arapongas (1) e Grandes Rios (1). Segundo ele,
as equipes de saúde estão preparadas e empenhadas para combater os focos dos
criadouros, contudo a participação da população é fundamental. “É importante
que a população colabore, fazendo vistorias em suas propriedades. E com a
chegada do fim de ano, muitas pessoas vão viajar. Antes é preciso fazer uma
limpeza no quintal, verificar se não ficou nenhum objeto ou utensílio que possa
acumular água. As vezes as pessoas fazem confraternizações no Natal e Ano Novo
e podem ficar latas, garrafas, utensílios, e tudo isso serve como criadouro
para o mosquito”, alerta.
Segundo o coordenador de
endemias de Apucarana, Mauro de Aguiar Almeida, o último boletim do município
aponta 76 notificações da doença e um caso confirmado. O índice de infestação
de Apucarana é de médio risco, 1,7%, que para o coordenador é um número baixo.
Contudo, ele destaca que é necessário atenção por conta da época do ano.“O
índice é muito variável, ele muda conforme a época do ano. A tendência é
aumentar em épocas mais chuvosas. E não tem algum bairro em situação pior,
existem focos na cidade toda”, afirma. Ele relata que a maior parte dos focos
do mosquito é localizada em residências de pessoas que armazenam água da chuva
em tambores, de maneira inadequada. O lixo descartado na rua, ou em terrenos
baldios chuva, também serve como criadouro para o mosquito da dengue. “Temos
feito um trabalho de vistoria e conscientização da população para que mantenha
seus quintais longe da dengue”, assinala Almeida. (Informações TnOnline)