A busca por exames cresceu
tanto que em alguns laboratórios, alguns tipos de testes para Covid-19 já estão
em falta. Pacientes com sintomas respiratórios estão lotando unidades de saúde.
A variante Ômicron atingiu em cheio o Paraná, que hoje está entre os estados
com maior taxa de transmissão da doença e a mais alta desde o início da
pandemia.
A taxa de transmissão está em
1.83, ou seja, para cada 100 contaminadas, outras 183 também são infectadas.
Esse cenário colocou o Paraná entre os estados com maior incidência de casos de
Covid-19 no momento. A média móvel subiu em torno de 220%, mas apesar da grande
procura dos pacientes pela atenção primária de saúde, os hospitais e também
Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivas para o novo coronavírus não
estão sentindo a mesma demanda.
“Se se infectar, provavelmente,
a chance de desenvolver uma doença grave é muito pequena porque a grande
parcela da população já é vacinada. Enquanto as UTIs, elas tem casos sim de
Covid positivo, mas por sorte, há uma doença mais leve”, explica o médico
intensivista Rafael Deucher.
Em apenas uma semana, entre 15
e 21 de janeiro, 831 mil casos de Covid-19 foram confirmados em todo o Brasil.
Cento e quatro mil somente no Paraná. Em várias cidades o sistema de saúde
precisou se readequar. Em Curitiba, são 10 unidades que atendem apenas sintomas
respiratórios. Pelo estado, leitos que estavam desativados precisaram ser
reabertos novamente.
“São quase 500 leitos de
enfermaria a mais. Nós tínhamos pouco mais de 500 e vamos chegar a mil leitos
de enfermaria nos próximos dias e aproveitamentos também e já fizemos um
reforço inicial na reabertura de quase 100 leitos na região oeste do Paraná. Os
leitos tem que estar à disposição, até porque estamos passando por um período
de epidemia de H3N2. Então os quadros respiratórios mais graves começam a
acontecer”, pontua o secretário Estadual de Saúde, Beto Preto.
Ainda conforme o secretário, a
estimativa é de que a Ômicron atinja seu pico no Paraná entre os dias 31 de
janeiro e 1 de fevereiro. “Nessas datas devemos ter um cenário parecido ao da
Europa durante o pico da variante, vamos avaliar se após o pico teremos uma
baixa na curva ou uma estabilidade”, completa. (Informações RIC Mais)