A madrugada de quinta-feira (12) foi agitada para Giselen Ortiz de Oliveira. Eram 2h30 da manhã quando a bolsa estourou. Com tudo em mãos, ela e o marido entraram no Hospital Materno-Infantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Humai-UEPG) prontos para conhecer Theo Henrique Ortiz Angieski, quinto filho do casal. Uma hora e quinze minutos depois, ele nasceu com 4.8kg, um bebê gigante, de acordo com parâmetros médicos. Com a chegada da fofura, a equipe da maternidade do Humai alerta para a importância da realização de um pré-natal adequado.
O sobrepeso se deve à diabetes gestacional da mãe, conforme explica Thalita Celinski, coordenadora da maternidade do Humai. “Isso é ruim, porque ele nasce fazendo hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue), precisa ficar em observação e só sai de alta quando estiver tudo normalizado”, informa. Theo nasceu “a termo”, de 40 semanas e em parto normal. De acordo com parâmetros, bebês com essa idade gestacional, que são acima de 4.1 quilos, já são considerados bebês grandes. “Mas dentre esses mais de seis anos que o HU atua na maternidade, não é o maior bebê que nasceu conosco. Já tivemos maiores, com 4.9 quilos e até 5 quilos”, adianta a coordenadora.
Giselen já sabia que seu caçula seria grande desde o ultrassom. “Eu fiquei bem enorme de barriga. Fiquei até com medo”, relembra. Mesmo com tamanho, Theo não teve dificuldades em nascer. “Quando passamos pela triagem, avisei a moça que ia nascer na cadeira de rodas, aí já me levaram para sala de parto. Quando a médica me examinou, falou que era só fazer a força que ele nascia”, relata.
Casos como a de Giselen, de diabetes gestacional, são considerados “risco habitual”, de acordo com o Guia do Mãe Paranaense. O documento traz divisões de riscos, dando indicações para qual casa de saúde a mãe será referenciada para ganhar o bebê. “Mas a diabetes gestacional pode virar alto risco, por isso é necessário cuidar muito da alimentação, fazer exercício físico e um pré-natal adequado, com aplicação do protocolo médico para solicitar exame”, pontua Thalita. Se a mãe fizer o pré-natal apropriado, as chances do diabetes gestacional desaparecer após o nascimento são grandes.
“A diabetes gestacional pode matar o bebê dentro do útero e, na melhor das hipóteses, o neném nasce gigante, por isso da importância de uma dieta adequada”, alerta a coordenadora da maternidade do Humai. Para evitar risco de perda do bebê, o Guia do Episódio de Cuidado de Diabetes Mellitus Gestacional recomenda o rastreamento de glicemia já na primeira consulta do pré-natal. Se o resultado for maior ou igual a 92 mg/d, a gestante é considerada diabética. O exame pode ser feito ainda nos posto de saúde, local indicado para os primeiros passos do pré-natal. A partir do diagnóstico, a Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda o controle de glicemia pelo exame capilar (picada na ponta do dedo), feito pela própria gestante em casa, além do cuidado na alimentação e exercícios físicos.
Radiante com o Theo nos seus braços, Giselen ressalta a qualidade e agilidade no atendimento que recebeu no Humai-UEPG. “Para mim foi tudo excelente, desde a hora que entrei. Fui atendida super rápido, as meninas sempre com jeito pra falar com a gente. Com ele (o bebê) também, sempre com cuidado, toda hora eles vêm nos olhar”. A felicidade do nascimento do quinto filho, fez “fechar a fábrica” da mãe. “Chega de filho, já dei entrada nos papeis para a laqueadura”, ri. A mãe se diz emocionada em ver o rostinho do sue bebê pela primeira vez. “Ainda mais desse tamanho, já nasce quase criado. Tive que ir para casa trocar todas as roupas, fralda, porque não serviu”, brinca.
Texto e fotos: Jéssica Natal
Comunicação Imprensa UEPG