Um grupo formado por familiares e amigos do adolescente Alekson Ricardo Kongeski, morto após ser agredido, fizeram um protesto na tarde desta segunda-feira (27), em frente ao Colégio Estadual Padre José Canale em Apucarana, no norte do Paraná. A ação, realizada quase uma semana após a morte do garoto, pede justiça pela morte do adolescente, mais segurança para os alunos da instituição, mudança na carga horária e também a saída do diretor da instituição de ensino Roberto Carlos de Oliveira, o Canela.
Dezenas de pessoas foram até a porta principal do colégio, portando faixas com os dizeres ‘Justiça Pelo Alekson, reinvindicação para o horário de saída às 17:15 e mais segurança nas escolas’. Cartazes também foram fixados na fachada da escola com pedidos de ‘Fora Canela’ e ‘Justiça’. Como trata-se de uma instituição cívico militar, a carga horária é estendida, com o término da 6ª aula às 18h30.
"O dia que precisou de polícia aqui não tinha. Depois que um adolescente morre, o Colégio Cívico Militar coloca policial aqui. No dia ele (o diretor) disse que não podia fazer nada porque do portão para dentro era responsabilidade dele e do portão para fora não era. Pedimos o fim do horário estendido até 18h30 e a saída dele”, disse a mãe de Alekson, Aline Fernanda.
Moradora do bairro, Eliane Aparecida de Castro, também participou do protesto. Ela relatou que tem um filho, de 16 anos, que estuda na escola e, como mãe, decidiu apoiar a ação que pede justiça pela morte do menino e também mudanças no horário e alteração na direção. Eliane ainda reclama de outros problemas registrados na instituição de ensino que causam extrema preocupação. “Tem o caso de um professor que assediou uma aluna e que continua dando aula normalmente. Queremos mais segurança e também a mudança de horário”, afirma.
A Associação dos Moradores do Jardim Ponta Grossa está colhendo assinaturas para um abaixo-assinado que pede o fim do horário estendido. “Pedimos a mudança no horário porque as crianças estão saindo muito tarde, e no inverno às 18h30 já é noite e muitas crianças moram em outros bairros. Então é muito tarde para crianças saírem da escola”, disse o presidente da associação, João Lino.
Lino lamenta a morte do adolescente, uma vez que mora no bairro há muitos anos e conhece a família de Alekson desde a infância. “Todos estamos sentindo essa tragédia, todos estamos sofrendo. E estamos fazendo esse abaixo assinado para isso não acontecer mais. Acho que a saída às 17h15 está bom demais. A gente precisa que mude esse horário urgente”, disse.
O presidente da associação acredita que uma fatalidade dessa não poderia acontecer em um colégio cívico militar. (Informações TnOnline)