O prefeito de Ivaiporã, Luiz Carlos Gil, convocou uma coletiva de imprensa na tarde dessa sexta-feira, dia 14 de julho, em frente ao Hospital Regional, para chamar atenção da população do Vale do Ivaí que houve desperdício de quase R$ 38 milhões nos últimos 14 meses.
Gil destacou que a coletiva foi uma forma de levar o problema à público para que o Governo do Estado finalmente atenda a reivindicação da saúde regional. “Mandamos mais de 10 ofícios, participamos de várias reuniões, e chegou um momento que não dá mais para deixar esta demanda sem que a população tenha conhecimento do que está acontecendo”, disse.
O prefeito de Ivaiporã ainda apresentou dados que demonstram que a estrutura do Hospital Municipal não está sendo aproveitada e que não quer que vire um “elefante branco”. “Durante a pandemia o estado transformou este hospital e hospital de campanha, salvando muitas vidas. Passado o período crítico, buscamos reivindicar todos os serviços que tinham sido programados durante a elaboração do projeto, para atendimento da população com vários exames e cirurgias, mas isto não aconteceu”.
O Hospital Regional, segundo Gil, está aberto e atendendo cerca de 18 pacientes por mês. “Está saindo caro para o cidadão este hospital funcionando com menos de 30% de sua capacidade. Fui eleito pelo povo para cobrar e melhorar a vida delas e por isso estou fazendo esta reivindicação pública para que possamos solucionar de vez”.
Carlos Gil enfatizou várias vezes que tem uma boa relação com o governador Ratinho Junior e agradeceu tudo que tem feito pela região. Ele gerou polêmica ao revelar que uma rixa política com o secretário de estado da Saúde, Beto Preto, poderia ser a causa da morosidade na resolução dos problemas. “Quero que este hospital funcione plenamente. Menos política e mais técnica, é isso que eu acho que falta hoje na secretaria de saúde”, criticou.
Ao ser questionado se a exoneração de Eleane Rother do cargo de Chefe da Regional de Saúde de Ivaiporã seria a causa da “quebra do silêncio”, Gil afirma que não tem nenhuma ligação, que realmente cansou de cobrar e não ter resolução. “A rixa do Beto comigo não é por causa da Eleane. Ele queria que eu mandasse embora a Cristiane Pantaleão que é nossa secretária de Saúde. Eu não aceitei essa exigência, e por isso a Eleane foi mandada embora”, concluindo Gil, deixando no ar que Beto Preto pediu a demissão de Cristiane porque ela trabalhou com o ex-secretário de Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto.
A reportagem do Canal HP tentou entrar em contato com o secretário de Saúde, Beto Preto, mas ele não deu resposta até a publicação dessa reportagem. A assessoria também foi procurada e foi informado que o secretário não está em Curitiba e se pronunciará em momento oportuno.
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