Aconteceu na segunda-feira, dia 06 de novembro, no Fórum da Comarca de São João do Ivaí, o julgamento de Aparecido Carlos Lourenço, o popular “Pé na Cova”. Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado (meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio), por furto, lesão corporal contra policial e dano à viatura.
Diante dos crimes terem sido praticados em concurso material (art. 69 do CP), o juíz decretou como pena definitiva 23 anos, cinco meses e 22 dias de reclusão; um ano, 11 meses e 28 dias de detenção e 24 dias-multa.
Pé na Cova é considerado pela polícia um elemento perigoso, sendo conhecido pela prática de crimes como furtos. A maior pena recebida no julgamento foi em justiça pelo assassinato de Vilma Aparecida Mariano, no dia 21 de abril de 2020.
Sobre o crime
Vilma Aparecida Mariano, de 46 anos, foi encontrada morta, por volta das 10h40min de ontem (20), na Rua Pedro Bezerra Guedes, em São João do Ivaí. A vítima foi encontrada por familiares, que foram até sua residência após desconfiarem que algo havia acontecido, uma vez que ela não dava notícias desde a noite do último domingo (19).
Um familiar teria conseguido abrir a janela, momento em que avistou que o corpo de Vilma estava estendido no chão da cozinha com várias marcas de sangue e havia um facão na cena do crime, também com manchas de sangue, que teria sido usado no homicídio. O crime pode ter sido executado na madrugada de domingo para segunda (20).
A Polícia Militar foi acionada e também solicitou a presença da Polícia Civil, para comandar as investigações, e o IML de Ivaiporã, para recolher o corpo. Ainda, durante a noite, policiais receberam informações sobre o suspeito, e iniciou buscas.
Os policiais foram até a casa do principal suspeito, de nome Aparecido Carlos Lourenço, o Pé na Cova, e quando a equipe foi percebida, ele tentou fugir, mas foi contido. Os policiais chegaram a atirar algumas vezes, mas apenas por procedimento de abordagem, não ferindo o suspeito, que foi preso e levado para a delegacia de São João do Ivaí.
A polícia encontrou o celular da vítima no bolso do suspeito, que não soube explicar o motivo da posse do aparelho. Aparecido disse que não matou ninguém e que provará sua inocência. Informações preliminares é de que a vítima teve um relacionamento com o suspeito, e que, inclusive, teria registrado um B.O, contra ele por furto de celular. O caso segue sob investigação.