O tio, condenado por matar e mutilar o corpo da sobrinha, que estava foragido, foi preso nesta terça-feira (9), em Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba. Agrevil do Carmo Santos, de 60 anos, confessou que cometeu o crime em 2014. Em 2017, o acusado foi condenado e preso, porém, conseguiu progressão da pena e estava em regime semiaberto.
Por não cumprir uma medida do regime semiaberto, Agrevil era considerado foragido. Após uma denúncia, os policiais descobriram que o indivíduo havia retornado para a cidade e estava em uma residência. Durante uma abordagem, o condenado foi encontrado e preso novamente.
Tio mutila corpo da sobrinha às vésperas do casamento e é preso
O crime cometido por Agrevil chocou a cidade de Cerro Azul, em setembro de 2014. Em depoimento à Polícia Civil do Paraná, o homem confessou o crime poucos dias após o assassinato de Janaína de Fátima Matos, de 21 anos.
O agricultor revelou detalhes de como premeditou o crime contra a sobrinha, que estava noiva e iria deixar a casa dos tios para viver com o marido. Em uma manhã, que a jovem iria almoçar sozinha na residência, Agrevil surpreendeu a moça na lavanderia e após degolar a vítima arrancou os seios da mulher.
Agrevil disse que “gostava da companhia” da sobrinha, e que teria ficado triste com a notícia de que ela se mudaria com o noivo para outra cidade. “Fiz porque gostava muito dela. Não queria que ela fosse embora. Não sei porque eu fiz isso. Me deu um apagão, estou arrependido, acabei com a minha vida. Quero pedir perdão para a família dela, mas sei que eles nunca vão me perdoar”, disse o agricultor.
De acordo com a Polícia Civil, o homem tinha um ciúme obsessivo da sobrinha e ficou inconformado com a notícia do casamento e da saída dela de casa. Friamente, o agricultor contou em detalhes como planejou o crime e a execução. Ele teria esperado por um dia em que Janaína fosse almoçar em casa sozinha e tentou simular um latrocínio. Quando a moça foi até a lavanderia com algumas peças de roupa, ele a atacou pelas costas, dando o primeiro golpe no pescoço para matá-la. Agrevil disse que depois cortou a garganta de Janaína e usou a mesma faca para arrancar os dois seios para si. “Os seios dela eram bonitos”, comentou no depoimento.
Para reforçar a cena de um crime de latrocínio, o tio arrastou o corpo até o quintal de casa e deixou algumas notas de 50 reais próximas ao cadáver. Além disso, levou consigo o celular de Janaína e R$ 200 que ela tinha na bolsa. Depois, disse que limpou todo o sangue na lavanderia com o auxílio de um balde e uma garrafa pet. Agrevil afirmou ter ido até o rio para jogar os seios e o celular da garota. Ele mesmo chamou a polícia, dizendo que havia encontrado a sobrinha morta ao chegar em casa.
O agricultor ainda se ofereceu para ajudar a remover o corpo da garota e acompanhou todo o trabalho de perícia da polícia e do Instituto Médico Legal (IML) no local. “No velório ele serviu café para as pessoas, chorou com o noivo e chegou a pedir para os policiais que prendessem o assassino”, contou o investigador Rodrigo Augusto, da Polícia Civil.
Informações: RIC Mais